Estudo do Boston Consulting Group aponta que o Brasil pode se tornar líder global em metais de baixo carbono, atraindo até US$ 3 trilhões em investimentos até 2050 e reduzindo emissões na indústria.
Um estudo recente do Boston Consulting Group (BCG) destaca o potencial do Brasil para se tornar o principal fornecedor global de metais de baixo carbono, especialmente nas indústrias de aço e alumínio. Durante o evento Brazil Climate Summit Europe, realizado em 2 de junho de 2025, o BCG revelou que o país pode atrair investimentos entre US$ 2,66 trilhões e US$ 3 trilhões até 2050, aproveitando sua abundância de recursos naturais e sua matriz energética renovável.
O Brasil possui 17% das reservas globais de minério de ferro e 9% das reservas de bauxita, fundamentais para a produção de aço e alumínio. Apesar de sua liderança em mineração, o país representa apenas 2% da produção de aço bruto e 1% do alumínio primário, indicando um imenso potencial inexplorado. Se o Brasil aumentar sua participação no mercado, as emissões globais da produção de aço poderiam cair entre 3% e 4%, enquanto as do alumínio poderiam reduzir entre 10% e 13%.
A matriz elétrica predominantemente renovável do Brasil é uma vantagem significativa, pois reduz as emissões associadas ao consumo energético na indústria. Além disso, o país se destaca em biomassa e tem visto um aumento no compromisso governamental com políticas ambientais e incentivos para projetos verdes. O estudo sugere que, se o Brasil conseguir exportar entre 15 e 20 milhões de toneladas de aço ou alumínio, o impacto nas emissões da União Europeia poderia ser transformador.
Substituindo fornecedores de alta intensidade de CO2 por matérias-primas brasileiras, a União Europeia poderia reduzir suas emissões em até 50 milhões de toneladas de CO2 equivalente. O mercado europeu representa uma oportunidade atraente, com potencial para atrair entre 10 e 15 bilhões de euros em investimentos. As exportações brasileiras para a UE poderiam ser multiplicadas por 20 a 22 vezes, gerando empregos e consolidando o Brasil como um player estratégico no setor.
Entretanto, para transformar esse potencial em realidade, o Brasil enfrenta desafios significativos. É necessário implementar estratégias ambiciosas de circularidade nas cadeias produtivas de aço e alumínio, além de realizar investimentos massivos em tecnologias de baixo carbono. A criação de um ambiente regulatório favorável, com políticas claras e incentivos financeiros robustos, também é essencial para o sucesso dessa transição.
O BCG ressalta que a imagem do Brasil como um país rico em recursos naturais posiciona-o como uma potência em soluções verdes. Com a COP30 programada para ocorrer em Belém do Pará, há uma oportunidade única de apresentar resultados concretos e servir de exemplo global na busca por um futuro sustentável. A união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar iniciativas que promovam essa transformação.
A Copart lançou a plataforma Achar Peças, conectando consumidores a desmanches licenciados, promovendo a economia circular no setor automotivo. O evento de lançamento ocorreu na ReciclaAuto, destacando o crescimento do mercado de autopeças.
Um vídeo de uma picape realizando manobra perigosa sobre um buggy em Canoa Quebrada gerou investigação por crime ambiental. A prefeita Roberta de Bismarck e autoridades locais reforçarão a fiscalização na área.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge desenvolvem um "refrigerante sólido" que promete revolucionar o ar-condicionado, reduzindo emissões em até 75%. A startup Barocal planeja lançar um protótipo em três anos.
O Papa Leão XIV enviou um vídeo inédito ao Congresso das Universidades Ibero-americanas, enfatizando a crise climática e a relevância da COP30 na PUC-Rio, que celebra a encíclica Laudato Si'. O evento reunirá mais de 150 reitores de instituições da América Latina, Espanha, Portugal, Estados Unidos e Canadá. O cardeal Robert Francis Prevost, envolvido na organização, já discutiu o tema com o reitor da PUC-Rio, Anderson Antonio Pedroso.
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, se reuniu com o papa Leão 14 para discutir a participação da Igreja Católica na COP30 em Belém. O embaixador do Brasil formalizou o convite ao papa, que pode visitar o evento.
Thelma Krug, ex-vice-presidente do IPCC, destaca a fragilidade do Acordo de Paris e a importância da COP30 em Belém. A cientista alerta para os desafios climáticos e a necessidade de um planejamento estratégico para as florestas tropicais.