O programa Making Cities Resilient 2030 da ONU envolve 1,8 mil cidades, incluindo 350 no Brasil, para fortalecer a resiliência urbana. Gestores priorizam parcerias com o setor privado e o seguro é essencial para a adaptação climática.

A urbanização acelerada e as mudanças climáticas têm gerado desafios significativos para as cidades, que se tornaram vulneráveis a desastres como enchentes e deslizamentos. A urgência em construir cidades resilientes se intensifica, refletindo uma necessidade humanitária, econômica e social. O programa Making Cities Resilient 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), reúne mais de 1,8 mil cidades de 95 países, incluindo 350 municípios brasileiros, para desenvolver estratégias que aumentem a resiliência a desastres naturais nos próximos cinco anos.
Essas iniciativas são passos importantes, mas a complexidade dos desafios urbanos exige uma articulação coordenada. Um estudo da consultoria Deloitte, publicado em 2024, revela que 81% dos gestores públicos globais priorizam parcerias com o setor privado, incluindo empresas de tecnologia e instituições financeiras, para enfrentar as questões urbanas do século XXI. A capacidade de antecipar riscos e proteger a população é fundamental nesse contexto.
O seguro desempenha um papel crucial na construção de cidades resilientes. Ele combina proteção financeira com soluções de prevenção, ajudando a evitar perdas e a fortalecer a capacidade de resposta dos municípios. O setor segurador tem investido em modelos preditivos e tecnologias avançadas para enfrentar os riscos associados às mudanças climáticas, utilizando dados geodemográficos, topográficos e climáticos para estimar perdas por fenômenos naturais.
Ferramentas como geoprocessamento, inteligência artificial e big data permitem mapear áreas vulneráveis e personalizar a avaliação de riscos. As políticas de precificação e subscrição estão se tornando mais sofisticadas, incentivando comportamentos resilientes entre os segurados e garantindo uma precificação justa alinhada ao risco real. No Brasil, a vigência anual das apólices de seguro possibilita que as seguradoras atualizem suas avaliações com dados recentes.
Na construção de cidades verdadeiramente resilientes, o seguro não é um mero acessório. Ele transforma incertezas em previsibilidade e vulnerabilidades em capacidade de resposta. O setor deve ser visto como um agente estratégico na adaptação climática e na sustentabilidade urbana. A Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá no Brasil em novembro, será uma oportunidade para reconhecer esse papel e ampliar essa agenda.
Vítimas de desastres naturais frequentemente enfrentam dificuldades na recuperação. Projetos que visam apoiar essas comunidades devem ser estimulados pela sociedade civil, promovendo a união em prol de um futuro mais seguro e sustentável. A resiliência urbana é um desafio coletivo que requer a colaboração de todos.

Após os projetos de despoluição do Novo Rio Pinheiros e IntegraTietê, a qualidade da água dos rios Pinheiros e Tietê permanece crítica, com a universalização do saneamento básico prevista para 2029 como solução. O estudo da SOS Mata Atlântica revela que, apesar das iniciativas, o Pinheiros ainda é classificado como péssimo e o Tietê como ruim. A secretária Natália Resende acredita que a universalização do saneamento é essencial para melhorias significativas.

A Ambipar desenvolveu o Ambiálcool, um etanol sustentável feito de restos de alimentos, com desempenho semelhante ao etanol convencional, mas ainda não disponível para venda. A iniciativa visa transformar resíduos alimentares em combustível, contribuindo para a sustentabilidade e aproveitamento de insumos descartados.

A Biofábrica de Corais, em Porto de Galinhas, salvou 20% das colônias de corais após uma onda de branqueamento global, recebendo reconhecimento da Unesco como projeto exemplar na Década do Oceano.

A COP30, que ocorrerá em Belém, enfrenta desafios logísticos e políticos, com expectativas de novas metas climáticas em um cenário geopolítico complicado, especialmente com a postura dos EUA sob Trump.

Um ano após as enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul enfrenta a devastação de 1,28 milhão de hectares, com projetos de recuperação da flora nativa em andamento. A UFRGS identificou 15.376 cicatrizes de movimentos de massa.

Cacique e vice-cacique da Terra Indígena Mangueirinhas foram presos por suspeita de desmatamento ilegal, em meio a uma crise ambiental que já devastou quase toda a floresta de araucárias da região.