Cacique e vice-cacique da Terra Indígena Mangueirinhas foram presos por suspeita de desmatamento ilegal, em meio a uma crise ambiental que já devastou quase toda a floresta de araucárias da região.
Recentemente, a Terra Indígena Mangueirinhas, no Paraná, foi palco de uma operação da Polícia Federal que resultou na prisão do cacique José Carlos Gabriel e do vice-cacique Cristian Ricardo Carneiro. Ambos são suspeitos de integrar uma organização criminosa dedicada ao desmatamento na região, que abriga o maior remanescente contínuo de Florestas de Araucárias do mundo. A área, considerada vital para a conservação do bioma, perdeu mais de 99% de sua cobertura original devido a grilagens e desmatamento.
Entre 2019 e 2023, o MapBiomas registrou 26 alertas de desmatamento na Terra Indígena, totalizando uma área equivalente a quase um Parque do Ibirapuera. As investigações indicam que o grupo criminoso, que inclui tanto indígenas quanto não-indígenas, está envolvido na extração, transporte e comercialização ilegal de araucária, mesmo sendo uma área de preservação permanente.
Este não é o primeiro caso de desmatamento envolvendo lideranças indígenas na região. Entre 2016 e 2019, houve aprovações para a derrubada de 11,5 hectares de florestas para a criação de áreas agrícolas. Na época, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública, solicitando reparação de R$ 879 mil e um plano de restauro para a área afetada.
A prisão dos líderes indígenas marca um momento inédito, pois é a primeira vez que indígenas são suspeitos de participar de um esquema criminoso de venda de madeira, visando benefícios econômicos e políticos. A Polícia Federal identificou 255 pontos de desmatamento na região, evidenciando uma operação estruturada que causou danos irreparáveis ao ecossistema local.
As ações da Polícia Federal incluem o cumprimento de 17 mandados judiciais, sendo cinco prisões preventivas e os demais relacionados a busca e apreensão, além de quebra de sigilo bancário. A situação na Terra Indígena Mangueirinhas é alarmante e exige atenção urgente da sociedade e das autoridades competentes.
É fundamental que a sociedade civil se mobilize em apoio a iniciativas que visem a proteção das florestas e a preservação dos direitos dos povos indígenas. A união em torno de projetos que ajudem a restaurar e proteger essas áreas pode fazer a diferença na luta contra o desmatamento e na promoção da justiça social.
ONGs e líderes ambientais solicitaram ao governo brasileiro um pacto internacional que assegure US$ 7 bilhões anuais para a proteção da Amazônia, destacando a COP30 como uma oportunidade crucial. O documento entregue enfatiza a necessidade de mobilização de recursos para evitar a degradação irreversível da floresta, que já perdeu mais de 17% de sua área.
A Estação Quarentenária de Germoplasma Vegetal da Embrapa, em Brasília, recebeu 10 mudas de tamareiras dos Emirados Árabes após 10 meses de quarentena, ressaltando seu papel na segurança das espécies vegetais. A quarentena é essencial para evitar a introdução de pragas no Brasil, com mais de 850 mil amostras analisadas desde 1976.
Movimento "Mãos da Transição" destaca jovens agroecologistas, como Willians Santana e Ana Karoliny Calleri, que mostram resultados positivos e atraem novos agricultores para práticas sustentáveis.
Milhares de mulheres indígenas de diversos países marcharam em Brasília, exigindo proteção ambiental e pressionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar um projeto de lei que facilita licenças ambientais. A manifestação ocorre em um momento crucial, com a COP30 se aproximando, destacando a importância da Amazônia na luta contra o aquecimento global.
Um estudo alerta que mais de 75% das geleiras podem desaparecer se as temperaturas globais alcançarem 2,7ºC até 2100, afetando o nível do mar e o abastecimento de água. A meta de 1,5ºC poderia preservar 54% da massa glaciar.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, denunciou o aumento abusivo nos preços de hospedagem em Belém para a COP-30, afirmando que o governo busca garantir a participação de países vulneráveis. Marina classificou os preços, que chegam a ser 10 a 15 vezes maiores que o normal, como "um verdadeiro achaque". O governo está empenhado em reduzir esses custos e assegurar que todos possam participar do evento crucial para o futuro climático.