Órgãos públicos brasileiros adquiriram 5.400 toneladas de carne de tubarão, conhecida como cação, para escolas e hospitais, levantando preocupações sobre saúde e sustentabilidade. A falta de transparência nas espécies compradas e os riscos de contaminação, especialmente para crianças, são alarmantes.
Órgãos dos governos federal, estadual e municipal do Brasil estão adquirindo carne de tubarão, conhecida como cação, em grande escala. Uma investigação revelou que foram compridas 5.400 toneladas desse produto, totalizando pelo menos R$ 112 milhões, para serem servidas em escolas, hospitais e prisões. Desde 2004, essas compras abrangem 542 municípios em dez estados, levantando preocupações sobre a saúde pública e a sustentabilidade ambiental.
A carne de tubarão é rica em metais pesados como mercúrio e arsênio, que podem ser prejudiciais à saúde, especialmente para crianças e populações vulneráveis. No entanto, a carne é comercializada sob o nome genérico de cação, o que dificulta a identificação das espécies consumidas. O Brasil é o maior consumidor de carne de tubarão do mundo, e a falta de regulamentação permite que essa prática continue sem restrições.
As populações de tubarões têm diminuído drasticamente devido à sobrepesca, com uma redução de cerca de setenta e um por cento entre 1970 e 2018. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica várias espécies de tubarões como criticamente ameaçadas. Apesar disso, comerciantes argumentam que a pesca de tubarões-azuis (Prionace glauca) é sustentável, o que é contestado por conservacionistas que alertam sobre os riscos da pesca em larga escala.
Especialistas afirmam que a falta de especificidade nas licitações torna impossível determinar se as compras envolvem espécies ameaçadas. A maioria das licitações apenas solicita cação, sem especificar a espécie. Isso levanta questões sobre a responsabilidade dos órgãos governamentais em proteger as espécies ameaçadas e garantir a segurança alimentar das crianças que consomem esse produto.
O ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, destacou que a carne de tubarão foi recomendada para merendas escolares devido à ausência de espinhas, mas sem considerar os contaminantes. Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleça limites para o mercúrio, o Ministério da Saúde recomenda a cação para crianças pequenas, ignorando os riscos associados.
A Sea Shepherd Brasil tem solicitado a proibição das compras institucionais de carne de tubarão. O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) propôs uma lei para proibir a aquisição desse produto em instituições federais, mas o projeto está parado na Comissão de Meio Ambiente. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para promover mudanças e proteger tanto a saúde pública quanto a biodiversidade marinha.
O setor de energia renovável no Brasil deve representar 40% das fusões e aquisições em 2025, com a Engie investindo R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre e R$ 11,6 bilhões até 2027. A recente aprovação da regulamentação para energia eólica offshore abre novas oportunidades, enquanto a Engie se destaca com projetos significativos e uma matriz elétrica limpa, visando 95% de energia renovável até 2030.
Estudo sueco revela que ansiolíticos, como clobazam, alteram comportamento de salmões-atlânticos, acelerando migração e aumentando vulnerabilidade a predadores. Urgente reduzir contaminação das águas.
A Amazônia enfrenta estresse hídrico crescente, com 63% da região afetada em 2015, impactando a ciclagem da água e a mortalidade de árvores, conforme estudos do Cemaden e do Inpe. A pesquisa destaca que florestas com lençol freático raso resistem melhor às secas.
A Justiça Federal anulou contratos de exploração de madeira no PAE Maracá, em Mazagão (AP), devido a irregularidades e falta de anuência do Incra, enquanto a empresa TW Forest recorre da decisão. A medida visa proteger a área e os direitos dos assentados.
A escassez de água e a presença de contaminantes emergentes na água doce são problemas crescentes, especialmente em países em desenvolvimento, conforme revela um dossiê da revista Frontiers in Water. O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner destaca que a água, essencial à vida, enfrenta desafios como a privatização e a deterioração da qualidade, afetando bilhões de pessoas. A falta de monitoramento e regulamentação de poluentes, como pesticidas e medicamentos, agrava a situação, exigindo ações urgentes para garantir água potável e de qualidade.
O Canadá e a Brazil Iron estão na vanguarda da descarbonização da siderurgia, com o Canadá reconhecendo o minério de ferro de alta pureza como mineral crítico e a Brazil Iron planejando produzir ferro verde (HBI) para reduzir em até 99% as emissões de CO₂e.