A COP30, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025, deve priorizar a implementação do Acordo de Paris, segundo especialistas. A urgência de ações climáticas e a liderança dos países desenvolvidos são essenciais.
A COP30, a trigésima conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, ocorrerá em novembro de 2025 em Belém. Especialistas afirmam que a conferência deve avançar na implementação dos compromissos do Acordo de Paris para ser considerada um sucesso. Durante um debate promovido pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, destacou que a conferência deve mudar o ritmo e a escala da implementação, alertando para o risco de normalizar a lentidão em um momento crítico para o planeta.
Unterstell ressaltou que o Acordo de Paris já apresenta resultados positivos, como a redução do desmatamento e o aumento no uso de energias renováveis. Ela enfatizou que Belém deve ser um ponto de virada, onde a implementação das políticas climáticas se torna uma prioridade. A cientista Thelma Krug, líder do conselho científico da COP30, reforçou que a fase atual exige ações concretas, baseadas em evidências científicas sobre as mudanças climáticas causadas pela atividade humana.
A pesquisa de Krug indica que o aquecimento global já provoca eventos climáticos extremos, como secas na Amazônia e chuvas intensas no Rio Grande do Sul. Para enfrentar esses desafios, é crucial que os países estabeleçam metas mais ambiciosas para a redução das emissões de gases do efeito estufa. Ela também destacou a importância da cooperação internacional para fortalecer essas iniciativas.
O professor de economia Jorge Arbache, da Universidade de Brasília (UnB), apontou que a liderança dos países desenvolvidos é essencial para aumentar as ambições de redução de emissões e apoiar os países em desenvolvimento. Arbache sugeriu que os investimentos sustentáveis devem ser mais lucrativos, promovendo benefícios sociais e climáticos, o que ajudaria a manter a agenda climática em meio a dificuldades econômicas.
Arbache também mencionou que a reestruturação financeira de vários países, priorizando a defesa militar em vez da sustentabilidade, pode prejudicar os avanços climáticos. Ele defendeu que o comércio deve ser uma ferramenta para promover a descarbonização global, evitando protecionismos que dificultem investimentos em iniciativas verdes.
Por fim, a China se destacou como um exemplo de liderança no cenário climático, avançando em tecnologias de energia renovável e veículos elétricos. O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que o país divulgará sua meta climática para 2035 antes da COP30, enfatizando a necessidade de cooperação internacional. Em um momento em que a ação climática é mais urgente do que nunca, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.
A COP30 em Belém enfrenta desafios logísticos, como altos preços de hospedagem. O Brasil anunciou um plano de US$ 1,3 trilhão para financiamento climático e criará uma plataforma com seis mil leitos.
Filhotes de ariranha foram avistados pela primeira vez nas câmeras de monitoramento da Usina Hidrelétrica Belo Monte, evidenciando um ambiente saudável para a reprodução da espécie vulnerável à extinção. A Norte Energia, responsável pela usina, realiza monitoramento da fauna desde 2012, e o registro é um sinal positivo para a conservação da biodiversidade local.
A New Fortress Energy avança na construção de termelétricas em Barcarena (PA) e enfrenta controvérsias sobre fracking em Mato Grosso, onde o governador vetou uma lei que proibia a técnica. A empresa importou 233 mil toneladas de gás natural em 2024, com foco na Amazônia, enquanto a ANP leiloou áreas para exploração de petróleo e gás, incluindo blocos que podem envolver fracking. O ministro de Minas e Energia defende a exploração local, destacando o potencial econômico, apesar das críticas sobre os riscos ambientais.
O Brasil será o anfitrião da terceira Conferência da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável em 2027, no Rio de Janeiro, destacando seu papel em sustentabilidade marinha. O evento, que reunirá diversos atores, visa avaliar os avanços da Década e fortalecer o compromisso global com os oceanos.
Sebastião Salgado, fotógrafo e defensor ambiental, faleceu aos 81 anos, deixando um legado de 50 anos de trabalho em prol da justiça social e da natureza. Ele fundou o Instituto Terra e recebeu diversos prêmios, incluindo o da Organização Mundial de Fotografia. Salgado alertou sobre a perda de biodiversidade e a crise hídrica, enfatizando a importância da conscientização. Mesmo próximo do fim da vida, continuou sua luta pela preservação ambiental, afirmando que sua vida está refletida em suas fotografias.
A Polícia Militar Ambiental apreendeu dois papagaios mantidos ilegalmente em uma residência no Guará, após denúncia anônima. O responsável foi autuado e as aves foram encaminhadas ao CETAS/Ibama para cuidados.