Pesquisadores brasileiros e franceses desenvolveram uma ferramenta que prevê a resposta ao tratamento com natalizumabe em esclerose múltipla, alcançando 92% de acurácia. Essa inovação pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes e otimizar custos no SUS.

Pesquisadores brasileiros, em colaboração com instituições da França, desenvolveram uma ferramenta inovadora que prevê a resposta ao tratamento com natalizumabe em pacientes com esclerose múltipla. Apesar de ser um dos medicamentos mais utilizados, cerca de 35% dos pacientes não apresentam resposta satisfatória ao tratamento, o que pode levar à recorrência dos sintomas após dois anos. O natalizumabe, um anticorpo monoclonal, é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, com custo médio de R$ 10 mil mensais por paciente.
A nova metodologia utiliza imagens de células e aprendizado de máquina, alcançando uma acurácia de 92% na predição da resposta clínica ao natalizumabe. Os pesquisadores analisaram mais de 400 características morfológicas das células T CD8+, identificando que a remodelação da actina está relacionada à eficácia do tratamento. Células que não respondem ao fármaco apresentam uma morfologia distinta, com maior capacidade de migração e menor perda de polaridade.
O estudo, publicado na revista Nature Communications, representa um avanço significativo em medicina de precisão, permitindo que tratamentos sejam mais direcionados e eficazes. Beatriz Chaves, primeira autora do artigo, destaca que essa abordagem pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo efeitos colaterais e otimizando os gastos do SUS.
A pesquisa foi realizada com células sanguíneas de pacientes ainda não tratados, utilizando tecnologia de microscopia avançada para extrair informações detalhadas sobre a morfologia celular. A combinação de dados morfológicos com aprendizado de máquina possibilitou a identificação de padrões que podem prever a resposta ao tratamento, um passo importante para a personalização da terapia.
Os pesquisadores pretendem expandir o estudo, buscando validar os resultados com um número maior de amostras, incluindo pacientes de diferentes regiões. Além disso, há interesse em aplicar a metodologia a outras doenças, como a terapia CAR-T para câncer, ampliando o impacto da pesquisa na área da saúde.
Iniciativas como essa são fundamentais para a evolução do tratamento de doenças complexas. A união da sociedade civil pode ser um motor para apoiar projetos que visem a melhoria da saúde e bem-estar de pacientes com esclerose múltipla e outras condições. Juntos, podemos contribuir para um futuro onde tratamentos mais eficazes e acessíveis sejam uma realidade para todos.

Cynthia Valerio, da Abeso, enfatiza a obesidade como doença, não apenas estética, e critica o uso indiscriminado de canetas emagrecedoras, defendendo tratamentos individualizados e diretrizes mais rigorosas.

Estudo recente revela que o consumo diário de bebidas açucaradas pode dobrar o risco de câncer de intestino em adultos jovens, destacando a urgência de regulamentações mais rigorosas. O oncologista Fernando Maluf alerta para os perigos e sugere políticas semelhantes às antitabagistas.

O Distrito Federal amplia a vacinação contra a gripe para todos a partir de seis meses, visando conter o aumento de casos. No primeiro dia, o movimento nas Unidades Básicas de Saúde foi tranquilo, com filas pequenas. A vacina protege contra H1N1, H3N2 e tipo B, e pode ser administrada junto a outras vacinas. A meta é aumentar a cobertura vacinal e reduzir complicações e internações.

A Fiocruz alerta sobre um aumento de 164% nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave no Rio de Janeiro, com apenas 22% dos grupos prioritários vacinados. A situação exige ação imediata.

A mortalidade por câncer de mama e colo do útero entre mulheres abaixo de 40 anos no Brasil está em ascensão, conforme revela a Pesquisa FAPESP. A edição também discute a possível existência do Planeta 9 e os riscos das bebidas açucaradas à saúde.

Suplementação diária com multivitamínicos pode retardar o envelhecimento cerebral em idosos, segundo três estudos com mais de 5.000 participantes, revelando benefícios cognitivos significativos.