O Cine Paissandu reabre neste sábado (16) com a mostra “Caverna fantasma”, de Manoela Cezar, que apresenta videoinstalações refletindo a nova relação do espaço com os carros. O local, que já foi um cinema sofisticado, agora é um estacionamento, e as obras buscam resgatar sua identidade. A artista propõe uma reflexão sobre abandono e futuro, transformando carros em novos espectadores. A visitação é gratuita, de quarta a domingo, até 31 de agosto.
O Cine Paissandu, um cinema icônico de São Paulo, reabre suas portas neste sábado, 16 de agosto, após cerca de 20 anos fechado. O espaço, que atualmente funciona como estacionamento, será palco da mostra “Caverna fantasma”, da artista e cineasta Manoela Cezar. A exposição apresenta videoinstalações inéditas que exploram a nova relação do local com os carros, agora considerados novos espectadores.
Manoela Cezar, que utilizou o espaço como ateliê nos últimos seis meses, destaca que a atmosfera de mistério do local foi substituída por uma conexão mais íntima com o ambiente. “A sensação de tatear o escuro deu lugar a um mapeamento mental dos corredores e objetos esquecidos”, afirma a artista. As obras foram criadas especificamente para o espaço e visam devolver ao Cine Paissandu uma nova camada de significado.
A mostra inclui duas videoinstalações: “Caverna fantasma” e “Paissandú drive in”. A curadora Marcela Vieira elogia a abordagem de Manoela, que desafia a grandiosidade arquitetônica do cinema e sua atual função utilitária. Uma das videoinstalações será exibida no estacionamento, onde os carros, muitas vezes os únicos presentes, se tornam parte da experiência.
Manoela reflete sobre a transformação do espaço, imaginando os carros como os novos espectadores de um cinema que já foi vibrante. “Embora o filme esteja projetado para os carros, os verdadeiros espectadores são as pessoas que retornam e reconhecem o local como um cinema”, explica. A artista aborda temas como abandono e a ruína de um projeto urbano, ao mesmo tempo que propõe uma visão esperançosa para o futuro do espaço.
A reabertura do Cine Paissandu representa uma oportunidade de revitalização cultural no centro de São Paulo. A mostra “Caverna fantasma” ficará em cartaz até 31 de agosto, com visitação gratuita de quarta a domingo, das 13h às 18h. O endereço é Largo do Paissandu, 62, Centro - SP.
Iniciativas como essa são fundamentais para resgatar a memória e a cultura de espaços históricos. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar projetos que visam revitalizar e transformar locais abandonados em centros de cultura e arte, promovendo um futuro mais vibrante e inclusivo.
A quadrilha Formiga da Roça, tradicional do Distrito Federal, se apresenta no "Maior São João do Mundo" em Campina Grande (PB) no próximo sábado, com uma caravana de 90 integrantes. A viagem, marcada para às 4h da manhã, é um marco na trajetória do grupo, atual campeão do Circuito da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do DF. A participação foi viabilizada por meio do programa Conexão Cultura DF, e inclui uma imersão cultural na região.
A cena teatral da Zona Norte do Rio de Janeiro apresenta diversidade com montagens que vão da ancestralidade afro-brasileira ao empoderamento feminino, incluindo comédia musical e circo.
O Instituto Cultural Vale anunciará, em 8 de maio, o edital Chamada Instituto Cultural Vale 2025, com R$ 30 milhões para projetos culturais. As inscrições vão até 13 de junho. A iniciativa visa democratizar o acesso à arte e fortalecer a economia criativa no Brasil.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal lançou o bloco Cultura Viva, com mais de R$ 6 milhões em editais para projetos culturais. A iniciativa visa fortalecer a cultura local e garantir transparência no processo de seleção.
A Casa do Sol, lar da escritora Hilda Hilst, reabre após 18 meses de restauro com a Feira Literária Hilstianas, promovendo cultura e revitalização do espaço. O evento inclui atividades artísticas e residências criativas.
A 23ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) atraiu mais de 34 mil participantes, destacando discussões sobre feminicídio e racismo, além de homenagens a Paulo Leminski. O evento reforçou a importância da literatura engajada e a presença de editoras independentes.