Relatório do Conselho Federal de Psicologia (CFP) expõe condições desumanas em 42 manicômios judiciários, revelando superlotação, tortura e mortes, desafiando a Política Antimanicomial do CNJ.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou um relatório alarmante sobre as condições em 42 unidades psiquiátricas que abrigam pessoas acusadas ou condenadas por crimes e que apresentam problemas psiquiátricos. O documento revela situações de superlotação, falta de higiene, trabalho forçado e até tortura, incluindo o uso de choque elétrico. As inspeções ocorreram entre janeiro e março de 2025, identificando mais de dois mil internos em Estabelecimentos de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (ECTPs) em todo o Brasil.
O relatório destaca que a maioria dos internos, cerca de oitenta e um por cento, são homens, enquanto apenas sete por cento são mulheres. A região Sudeste concentra a maior parte dos internos, com sessenta e quatro vírgula seis por cento. O CFP critica a combinação de práticas punitivas e negligência, afirmando que essas instituições perpetuam um ciclo de violação de direitos e abandono estatal, resultando em condições que se assemelham a prisões.
Relatos de tortura e maus-tratos são comuns, com a falta de canais de denúncia para os internos sendo uma preocupação significativa. Em Barbacena (MG), a equipe de inspeção encontrou celas de isolamento ocupadas, com pessoas mantidas em condições desumanas por longos períodos. Em Feira de Santana (BA), foi mencionada uma "sala vermelha", um espaço punitivo sem qualquer registro formal, evidenciando a falta de transparência e controle nas instituições.
O CFP também registrou casos extremos, como uma morte em Cuiabá (MT) atribuída à hipermedicação, que não foi formalmente documentada. Além disso, a utilização da religião como forma de controle e coerção foi criticada, com práticas religiosas sendo impostas aos internos em algumas unidades. Apesar das denúncias, o CFP observa que o processo de desinstitucionalização está em andamento, com algumas instituições já interditadas e redirecionamentos para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPs).
Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) têm se mostrado eficazes, oferecendo cuidados individualizados e promovendo a inserção comunitária. O CFP menciona boas práticas em estados como Amapá, Bahia, Ceará e São Paulo, ressaltando a importância de um tratamento humanizado e respeitoso. A presidente do CFP, Alessandra Almeida, enfatiza que a desinstitucionalização é um caminho necessário e que as evidências mostram que é possível transformar essa realidade.
Em 2023, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu uma política antimanicomial, visando o fechamento de manicômios judiciários e a promoção de tratamentos fora do confinamento. No entanto, a implementação enfrenta desafios, com ações diretas de inconstitucionalidade sendo discutidas no Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio a essa situação crítica, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência psicossocial, contribuindo para um futuro mais justo e humano.
O CIEE inseriu mais de 180 mil estudantes em programas de estágio em 2024, destacando a importância da formação e inclusão social, além de promover a retenção de talentos nas empresas. Estagiários atuam em projetos estratégicos, contribuindo para inovação e diversidade.
Durante o 1º Congresso Latino-Americano da WFNR, Volker Hömberg enfatizou a relevância da inteligência artificial na neurorreabilitação, destacando a necessidade de supervisão humana e o início de encontros regulares na região.
O Programa Água Doce (PAD) já implantou 61 sistemas de dessalinização em 2023 e planeja mais 89, totalizando 150 unidades, superando a meta inicial de 100. A iniciativa visa garantir água de qualidade no semiárido brasileiro.
Regina José Galindo, artista guatemalteca, apresentou a performance "Primavera democrática" no Rio de Janeiro, abordando a violência e a falência da democracia na Guatemala e no mundo. A exposição na galeria Portas Vilaseca destaca suas obras impactantes até 26 de julho.
Leticia Lyle defende uma abordagem coletiva e sistêmica para combater o bullying nas escolas brasileiras, destacando a importância da transformação cultural e da inclusão. O bullying, muitas vezes minimizado como brincadeira, é uma violência premeditada que requer atenção e ação conjunta de toda a comunidade escolar.
Juliette, no programa "Saia Justa", ressaltou que a responsabilidade parental abrange mais que a pensão, incluindo afeto e presença na vida dos filhos, com respaldo legal sobre abandono afetivo. A advogada Letícia Peres destacou que a negligência emocional pode gerar indenização por danos morais, reforçando que o afeto é um direito da criança e um dever dos pais.