O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, destaca a luta histórica por direitos e reconhecimento, enquanto o feminicídio no Brasil atinge recordes alarmantes, com 63,6% das vítimas sendo mulheres negras. A 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, marcada para 25 de novembro, clama por "Reparação e Bem Viver", evidenciando a urgência de um diálogo político que enfrente o racismo e o patriarcado.
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, é um marco na luta por direitos e reconhecimento das mulheres negras no Sul Global. Instituído em 1992 durante o Encontro de Mulheres Negras em Santo Domingo, na República Dominicana, a data simboliza a união de vozes de aproximadamente 300 mulheres de 32 países, que estabeleceram princípios e estratégias para fortalecer a incidência política nas questões de raça e gênero.
Em 2024, o Brasil registrou um aumento alarmante no feminicídio, com um total de 1.492 vítimas, sendo 63,6% mulheres negras. Esses dados, divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, revelam uma média de quatro mortes diárias, destacando a gravidade da violência de gênero, especialmente contra mulheres negras entre 18 e 44 anos. Em 97% dos casos com autoria identificada, o agressor era do sexo masculino.
O aumento dos casos de feminicídio contrasta com a queda de 5,4% nas mortes violentas intencionais no país. Essa disparidade levanta questões sobre as causas da persistência e crescimento da violência contra mulheres negras. A luta por reparação e bem viver será o tema central da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, marcada para 25 de novembro em Brasília, onde se espera que milhares de mulheres se mobilizem em busca de justiça e igualdade.
O Dia da Mulher Negra não deve ser visto como uma negação do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Ao contrário, ele amplia a discussão sobre gênero, incorporando a perspectiva racial e denunciando as intersecções do racismo, patriarcado e capitalismo. Essa abordagem é essencial para a construção de um futuro mais justo e igualitário, onde as vozes das mulheres negras sejam ouvidas e respeitadas.
Além disso, a conexão entre as lutas das mulheres negras e outras questões globais, como a situação do povo palestino, evidencia a necessidade de um diálogo mais amplo sobre opressões e injustiças. A brutalidade enfrentada por mulheres negras e povos originários é um reflexo de um sistema que perpetua a violência e a desigualdade, exigindo uma resposta coletiva e solidária.
Em momentos como este, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a justiça social e a reparação das injustiças históricas. Projetos que visam ajudar as vítimas de violência e promover a igualdade de gênero e raça são essenciais para transformar essa realidade. Nossa união pode fazer a diferença na luta por um mundo mais justo e igualitário.
Após a morte da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, amigos e parentes buscam preservar seu acervo sobre o carnaval carioca, com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) interessada em colaborar na catalogação e exposição. O material, que inclui desenhos, troféus e objetos pessoais, é considerado um patrimônio cultural único.
Ação de acolhimento em Taguatinga oferece serviços e auxílio a pessoas em situação de rua. O Governo do Distrito Federal, em parceria com diversas secretarias e órgãos, inicia uma ação de assistência social com serviços de saúde, educação e um auxílio financeiro de R$ 600. Além disso, serão disponibilizadas vagas em abrigos e programas de qualificação profissional. A iniciativa inclui a desmontagem de estruturas ocupadas, com transporte dos pertences dos assistidos.
O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) oferece crédito rural de até R$ 12 mil para famílias do campo, com R$ 300 milhões disponíveis. Em junho de 2025, o limite poderá chegar a R$ 35 mil.
Relatório revela que 83 praças no Rio de Janeiro apresentam riscos para crianças, com brinquedos quebrados e falta de segurança, exigindo revitalização urgente. A situação afeta a socialização e bem-estar da comunidade.
O Programa Justiça Comunitária, do TJDFT, completa 25 anos promovendo mediação e justiça restaurativa nas comunidades do DF, com iniciativas como "Vozes da Paz" e "Esperançar". Juízas destacam seu impacto social e potencial de expansão.
Na mesa "O Brasil no espelho" da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty, Tiago Rogero e Ynaê Lopes dos Santos abordaram racismo e mestiçagem, defendendo reparações e cotas sociais. O público aplaudiu a discussão sobre a imagem negativa do Brasil e a urgência de mudanças sociais.