O Observatório do Clima critica a organização da COP30 em Belém, apontando que os altos preços de hospedagem podem tornar o evento excludente e prejudicar a participação internacional. A falta de soluções do governo pode resultar em um evento esvaziado e com baixa credibilidade.

O Observatório do Clima, uma rede composta por mais de cem organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas, expressou preocupações sobre a organização da COP30, a conferência do clima das Nações Unidas, que ocorrerá em Belém em novembro. Em um comunicado divulgado no dia 12 de agosto, o grupo criticou a condução do evento pelos governos federal e estadual, especialmente em relação à crise de preços elevados de hospedagem, que pode comprometer a participação internacional.
A crise hoteleira, resultante dos altos preços durante o evento, tem dominado as discussões, ofuscando questões urgentes como as ameaças climáticas globais e os recordes de calor no hemisfério Norte. O Observatório do Clima alertou que, sem uma solução rápida para essa crise, a COP30 pode se tornar a mais excludente da história, reduzindo a presença de delegações, membros de órgãos constituintes e da imprensa.
O comunicado destaca que a falta de ação dos governos, que tiveram dois anos e meio para resolver a questão das acomodações, transformou a situação em um problema crítico. Países estão solicitando a mudança de sede, enquanto representantes da sociedade civil afirmam que não conseguirão comparecer devido aos altos custos. Uma conferência com baixa participação poderia resultar em um "vexame histórico" para o Brasil e em uma oportunidade perdida para novos acordos climáticos.
Além disso, a possibilidade de um boicote por parte de países devido aos preços elevados de hospedagem levanta preocupações sobre a legitimidade das negociações. O presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, já anunciou que não comparecerá ao evento, sendo representado por seu ministro do Meio Ambiente. A situação é agravada pela recusa de hotéis em fornecer informações sobre os preços ao Ministério da Justiça.
Em resposta às críticas, a presidência da COP30 publicou uma carta pedindo união entre os países e enfatizando a importância de realizar a conferência no "coração da Amazônia". O documento menciona que grupos historicamente marginalizados são os mais afetados pelas mudanças climáticas e também os principais responsáveis por soluções de resiliência.
Essa situação exige uma mobilização da sociedade civil para apoiar iniciativas que garantam a participação de todos os países na COP30. A união em torno de projetos que promovam a acessibilidade e a inclusão pode ser fundamental para que a conferência alcance seus objetivos e contribua efetivamente para a luta contra as mudanças climáticas.

A onça-pintada Ruana foi transferida de avião para o Zoológico de São Paulo, onde se preparará para um programa de conservação com o macho Raimundinho, visando a preservação da espécie ameaçada. A ação é parte do Plano de Ação Nacional do ICMBio, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da AZAB.

O projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental avança no Congresso, isolando a ministra Marina Silva e ameaçando a proteção ambiental no Brasil. O governo Lula não se posiciona claramente contra a proposta.

A Conferência dos Oceanos, em junho, será crucial para as negociações climáticas da COP30 em Belém, destacando a urgência de integrar oceanos e biodiversidade nas discussões. David Obura, chairman da IPBES, alerta sobre a perda de serviços ecossistêmicos e a necessidade de decisões imediatas para evitar danos irreversíveis.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitou a Estação de Tratamento de Água 1 da Adutora do Seridó, que já apresenta 81% de avanço e atenderá 80 mil pessoas no Rio Grande do Norte. A obra, com investimento de R$ 310 milhões, garantirá segurança hídrica por 50 anos, beneficiando cidades afetadas pela seca.

Ilhas Cagarras completam 15 anos como Monumento Natural e recebem título de Hope Spot. ICMBio apresenta nova lancha inflável para fortalecer a proteção do ecossistema marinho.

Pesquisadores da Amazônia entregaram uma carta estratégica à presidência da COP30, propondo soluções locais e destacando a urgência de investimentos em ciência e tecnologia. O documento, elaborado por mais de setenta instituições, visa alinhar conhecimento amazônico com os objetivos da conferência.