Pesquisadores da Amazônia entregaram uma carta estratégica à presidência da COP30, propondo soluções locais e destacando a urgência de investimentos em ciência e tecnologia. O documento, elaborado por mais de setenta instituições, visa alinhar conhecimento amazônico com os objetivos da conferência.

Pesquisadores da Amazônia apresentaram, no dia 20 de agosto, uma carta estratégica à presidência da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) e à primeira-dama Janja. O documento foi elaborado por mais de setenta instituições acadêmicas e centros de pesquisa, e foi entregue durante um encontro na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus. A proposta destaca soluções adaptadas à realidade local e enfatiza a necessidade de investimentos em ciência e tecnologia.
O evento, denominado "Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia com a Presidência da COP30", contou com a participação de mais de duzentos representantes. O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, afirmou que, pela primeira vez, a Amazônia está se posicionando como protagonista no debate global sobre mudanças climáticas, sugerindo ações que a humanidade deve adotar.
A carta ressalta que a Amazônia Legal possui quatrocentas e cinco instituições de ensino e mais de seiscentos e cinquenta cursos de pós-graduação, formando cerca de cem mil profissionais anualmente. No entanto, muitos enfrentam dificuldades para atuar em áreas sustentáveis. Os autores defendem a urgência em alinhar educação, inovação e políticas públicas.
As soluções propostas na carta estão organizadas em seis eixos temáticos da COP30, incluindo transição energética, gestão de florestas, transformação da agricultura, resiliência urbana, desenvolvimento humano e objetivos transversais como financiamento climático e bioeconomia. No eixo de transição energética, destacam-se projetos de energia solar e biomassa, além de iniciativas para comunidades isoladas.
Na gestão ambiental, são sugeridos programas de restauração florestal e tecnologias para manejo sustentável, com a participação de comunidades indígenas. As propostas para a agricultura incluem sistemas agroflorestais e valorização de produtos da sociobiodiversidade. No âmbito urbano, as soluções focam em infraestrutura verde e mobilidade sustentável.
A carta também menciona desafios como a falta de orçamento e logística precária, propondo soluções como investimento em ciência e tecnologia e valorização dos saberes locais. A Amazônia é reafirmada como protagonista na luta contra as mudanças climáticas, e a implementação de políticas climáticas deve ser liderada por suas populações. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a justiça climática na região.

O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, não comparecerá à COP-30 em Belém devido aos altos custos da viagem, sendo substituído pelo ministro do Meio Ambiente. A ministra Marina Silva criticou os preços abusivos de hospedagem, que chegam a ser até 15 vezes maiores que o normal, o que pode comprometer a participação de delegações e os acordos climáticos.

A Toyota apresenta na Agrishow um protótipo funcional da picape Hilux movida a biometano, destacando a redução de até 90% nas emissões de carbono. O veículo, desenvolvido para atender a demanda de agricultores, ainda está em fase de testes e não tem data de lançamento definida.

Fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR) revelam 139,6 milhões de hectares com sobreposição na Amazônia, enquanto o STF exige planos para cancelar registros irregulares e combater desmatamentos.

Ministério reconhece emergência em Mucugê, Bahia, por estiagem, liberando recursos federais. O reconhecimento da situação de emergência permite à prefeitura solicitar apoio do Governo Federal para ações de defesa civil, como distribuição de alimentos e kits de higiene. A Bahia já contabiliza 84 reconhecimentos de emergência, sendo 64 por estiagem.

Pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego e do Instituto Nacional do Câncer revela que a poluição do ar causa mutações no DNA de não fumantes, elevando o risco de câncer de pulmão. O estudo, publicado na revista Nature, analisou mais de 800 tumores e encontrou alterações genéticas semelhantes às de fumantes, especialmente no gene TP53. A pesquisa destaca que a poluição está diretamente ligada ao aumento de mutações e ao envelhecimento celular, com telômeros encurtados. O câncer de pulmão, um dos mais letais, afeta 25% dos casos em não fumantes, evidenciando a urgência de políticas de saúde ambiental.

Milhares de mulheres indígenas de diversos países marcharam em Brasília, exigindo proteção ambiental e pressionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar um projeto de lei que facilita licenças ambientais. A manifestação ocorre em um momento crucial, com a COP30 se aproximando, destacando a importância da Amazônia na luta contra o aquecimento global.