Estudo da USP revela que 54,1% das cidades brasileiras têm baixa capacidade de adaptação às mudanças climáticas, com apenas 36,9% possuindo planos de habitação e 13% de redução de riscos. A pesquisa destaca a urgência de políticas públicas eficazes para enfrentar eventos extremos.
Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) revelou que mais da metade das cidades brasileiras, ou seja, 54,1%, apresenta baixa capacidade de adaptação às mudanças climáticas. Apenas 36,9% dos municípios possuem planos de habitação e somente 13% têm estratégias para a redução de riscos. O levantamento, que utilizou o Urban Adaptation Index (UAI), foi aplicado em mais de cinco mil cidades e destaca a falta de planejamento urbano e políticas públicas eficazes.
O UAI, que varia de 0 (baixa capacidade adaptativa) a 1 (alta capacidade), mostrou que muitas cidades estão nas faixas mais baixas do índice, com pontuações abaixo de 0,44. Municípios menores, com até cinquenta mil habitantes, apresentaram resultados entre 0,33 e 0,44. Entre as capitais, Recife se destacou negativamente com 0,46, enquanto Curitiba e Belo Horizonte lideram com 0,98.
O estudo, publicado na revista Sustainable Cities and Society, analisa cinco dimensões essenciais para a adaptação urbana: habitação, mobilidade, sistemas alimentares, gestão ambiental e resposta a riscos climáticos. Apesar de algumas cidades terem boas pontuações, a desigualdade territorial compromete a eficácia das políticas de adaptação. Em São Paulo, por exemplo, comunidades vulneráveis ainda estão expostas a áreas de alto risco.
A professora Gabriela Di Giulio, coordenadora do projeto CiAdapta 2, enfatiza que o UAI pode ser uma ferramenta valiosa para embasar decisões locais. O estudo também revela que apenas 5,5% das cidades possuem cartas geotécnicas, que são fundamentais para orientar a ocupação segura do solo. A pesquisa destaca a necessidade de integrar a justiça climática à gestão urbana.
Os eventos climáticos extremos, como a pior seca no Rio Grande do Sul em dezessete anos, seguidos por inundações que deslocaram mais de seiscentas mil pessoas, evidenciam a vulnerabilidade das populações que vivem em condições precárias. Os autores do estudo alertam que a governança climática no Brasil é fragmentada e frágil, resultando em um cenário preocupante para o futuro.
Frente a essa realidade, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que fortaleçam a resiliência das cidades. Projetos que visem a melhoria da infraestrutura e a criação de políticas públicas eficazes podem fazer a diferença na vida de milhões de brasileiros expostos a riscos climáticos. Nossa união pode ajudar os menos favorecidos a enfrentar esses desafios e construir um futuro mais seguro.
O metano, um gás de efeito estufa, foi negligenciado por anos, mas sua redução é agora urgente. A indústria de petróleo e gás se comprometeu a reduzir emissões até 2030, embora o progresso seja lento.
Cerca de 340 mil imóveis em São Paulo e Rio Grande do Sul enfrentaram falta de energia devido a ventos fortes e ciclones. Estragos foram registrados, e alerta de queda de temperatura foi emitido.
Censo Escolar revela que estados da Amazônia, como Acre e Amazonas, têm baixa oferta de educação ambiental. Em 2024, MEC atualiza política e aprova financiamento para ações nas escolas.
Indígenas e movimentos sociais protestam em Belém, destacando a necessidade de inclusão de suas vozes na COP30. A Declaração Política do Mutirão dos Povos Indígenas foi lançada com reivindicações essenciais.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reestabelece a Educação Ambiental com a criação do Centro Nacional de Educação Ambiental (Cenea), após quase duas décadas de hiato. A iniciativa visa integrar ações educativas e capacitar comunidades, promovendo uma gestão pública mais consciente e sustentável.
Governo Lula pressiona Ibama para liberar licença da Petrobras para perfuração no bloco 59 da Foz do Amazonas, enquanto a falta de avaliação ambiental pode comprometer leilão de novos blocos em junho.