Perdas de água tratada no Brasil caem pela primeira vez em anos, mas ainda superam a meta de 25% até 2033. Tecnologias inovadoras, como o projeto LocVas, visam melhorar a detecção de vazamentos.

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um grave problema de desperdício de água tratada, com cerca de 32 milhões de pessoas sem acesso a esse recurso vital. Um estudo recente do Instituto Trata Brasil, divulgado em junho de 2024, trouxe uma boa notícia: as perdas de água diminuíram pela primeira vez em anos, embora ainda estejam acima da meta de 25% estabelecida pelo governo federal para 2033. Atualmente, as perdas representam 37,8% do total de água tratada, o que equivale a mais de sete mil piscinas olímpicas desperdiçadas diariamente.
A engenheira civil Maria Mercedes Gamboa Medina, do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), destaca que um índice de perdas de 25% seria inaceitável em qualquer setor industrial. No entanto, a meta é considerada ambiciosa, especialmente em estados das regiões Norte e Nordeste, onde o desperdício ultrapassa 40%. No Amapá, o índice chega a alarmantes 71%.
O novo Marco Legal do Saneamento, estabelecido pela Lei nº 14.026, de 2020, tem pressionado as empresas a controlarem os vazamentos. O projeto Localizador de Vazamento de Superfície (LocVas), coordenado pelo engenheiro mecânico Fabrício César Lobato de Almeida, busca desenvolver um sistema inovador de detecção de perdas. Utilizando sensores que analisam vibrações nas tubulações, a técnica é não invasiva e promete maior eficiência na localização de vazamentos.
Além do LocVas, outras tecnologias estão sendo implementadas. A startup Stattus4 criou um sistema inteligente que utiliza inteligência artificial para interpretar ruídos de vazamentos, alcançando um índice de acerto superior a 80%. Outra empresa, a Waterlog, desenvolveu o sistema Iris, que realiza monitoramento em tempo real, identificando vazamentos assim que ocorrem. Essas inovações são essenciais para reduzir as perdas de água tratada no país.
O uso de sensoriamento remoto e robôs também está em ascensão. A Sabesp, por exemplo, começou a testar uma tecnologia israelense que utiliza imagens de satélite para identificar vazamentos, enquanto a Yadah Robotics desenvolveu robôs para inspeção de tubulações. Essas soluções diversificadas demonstram que a combinação de diferentes técnicas é fundamental para enfrentar o problema do desperdício de água.
Com a crescente demanda por soluções tecnológicas, é essencial que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que visem a redução do desperdício de água. Projetos que incentivam a inovação e a eficiência no uso desse recurso podem fazer a diferença na vida de milhões de brasileiros. A união em torno dessas causas pode ajudar a transformar a realidade do saneamento no país e garantir o acesso à água tratada para todos.

Pesquisadores da UFRJ alertam que, até 2100, praias icônicas do Rio de Janeiro, como Copacabana e Ipanema, podem perder até 100 metros de faixa de areia devido ao aumento do nível do mar. A pesquisa indica inundações prolongadas na Baía de Guanabara e o risco de desaparecimento dos manguezais.

O Brasil inicia o terceiro veranico de 2025, com calor intenso e temperaturas acima de 30 °C em cidades como São Paulo, aumentando o risco de incêndios e agravando a crise hídrica nas regiões Norte e Nordeste.

Travis Hunter, do MIT, alerta sobre a desconexão entre governo, universidades e startups no Brasil, um obstáculo à descarbonização. Parcerias estratégicas são essenciais para potencializar inovações verdes.

Um estudo do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) revela que diversificar espécies vegetais pode mais que dobrar a fixação de carbono no solo, beneficiando a agricultura por até 40 anos. A pesquisa, liderada por Cimélio Bayer, destaca a importância do manejo adequado e do plantio direto em áreas antes dedicadas a monoculturas, mostrando que a diversificação não só aumenta a captura de CO2, mas também melhora a produtividade agrícola.

A exposição “Olhar ao Redor” foi inaugurada na Biblioteca Nacional, destacando a biodiversidade da Ilha do Bom Jesus. A mostra, com entrada gratuita até junho, visa conscientizar sobre os impactos da urbanização.

Relatório revela que jatos particulares nos EUA são responsáveis por 65% dos voos e 55% das emissões globais, com o Aeroporto Van Nuys se destacando como um dos mais poluentes. O uso crescente de jatos particulares aumentou suas emissões em 25% na última década.