O presidente Lula sancionou a ampliação das cotas para negros, indígenas e quilombolas em concursos públicos federais de 20% para 30%, promovendo maior equidade e representatividade. A medida é vista como um avanço na justiça racial e pode impactar positivamente a mobilidade social desses grupos historicamente marginalizados.
A recente sanção da ampliação das cotas de vagas para negros, indígenas e quilombolas em concursos públicos federais, de 20% para 30%, foi anunciada pelo presidente Lula. Essa mudança, válida para cargos efetivos da administração pública federal direta e indireta, fundações e empresas públicas, além de contratações temporárias, visa aumentar a representatividade desses grupos no serviço público. A medida também incentiva a iniciativa privada a adotar práticas semelhantes.
Renata Machado, coordenadora do MBA Diversidade e Impacto Social da Escola de Negócios da PUC-Rio, destaca que a ampliação busca refletir a composição da população brasileira, onde pretos e pardos representam 55%. Dados do Observatório da Presença Negra no Serviço Público indicam que apenas 37,5% dos servidores federais são negros, enquanto o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) aponta que, em 2023, 36,1% dos cargos de liderança eram ocupados por servidores pretos ou pardos.
A ampliação das cotas é vista como um passo importante na redução da desigualdade social, uma vez que esses grupos enfrentam obstáculos como menor renda e acesso limitado a recursos para se prepararem para concursos. A participação ampliada pode impactar positivamente a mobilidade social, considerando que os salários no setor público costumam ser superiores aos da iniciativa privada.
A advogada Ana Bavon, da consultoria B4People, considera a medida um marco jurídico na promoção da equidade e uma consolidação da ação afirmativa como ferramenta legítima para corrigir desigualdades estruturais. Ela ressalta que a iniciativa reafirma a responsabilidade do Estado em promover a justiça racial e envia um recado à iniciativa privada sobre a urgência de adotar mecanismos de equidade em suas estruturas de poder.
Ébano Gama, coordenador de Comunicação do Instituto KondZilla, observa que a ampliação das cotas é especialmente relevante em um momento em que muitas instituições estão encerrando programas de inclusão. Ele menciona que, nos Estados Unidos, houve um retrocesso em políticas de diversidade, equidade e inclusão, contrastando com o avanço no Brasil.
Essa nova legislação representa uma oportunidade para a sociedade civil se mobilizar em prol da inclusão e da equidade. Projetos que visem apoiar a formação e a capacitação de jovens de grupos historicamente marginalizados podem ser fundamentais para garantir que essa mudança se traduza em oportunidades reais. A união em torno dessas causas pode fazer a diferença na construção de um futuro mais justo e igualitário.
Uma pesquisa da revista Science revelou que a ancestralidade brasileira é composta por 60% de genes europeus, 27% africanos e 13% indígenas, evidenciando o impacto do racismo nas condições de vida de negros e indígenas. O estudo, parte do projeto DNA do Brasil, destaca a desigualdade racial e a necessidade de ações afirmativas para combater o racismo estrutural que afeta milhões de brasileiros.
Menina de 8 anos faleceu após participar do 'desafio do desodorante', evidenciando a falta de supervisão parental e a urgência de regulamentação nas redes sociais. O caso gerou preocupação entre pais e especialistas.
Uma pesquisa recente revela que 90% dos brasileiros acreditam que adolescentes carecem de apoio emocional nas redes sociais, com 70% defendendo psicólogos nas escolas. O estudo destaca a urgência de um esforço conjunto para criar ambientes seguros e de acolhimento.
O governo brasileiro, sob a liderança do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciará medidas para atrair cientistas afetados por cortes de financiamento nos EUA. Entre as iniciativas, destacam-se investimentos em pesquisa de vacinas e um edital específico para financiar o retorno de pesquisadores ao Brasil.
Após a morte da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, amigos e parentes buscam preservar seu acervo sobre o carnaval carioca, com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) interessada em colaborar na catalogação e exposição. O material, que inclui desenhos, troféus e objetos pessoais, é considerado um patrimônio cultural único.
Ajudar outras pessoas fora de casa pode reduzir o declínio cognitivo em até 20% em adultos acima de 50 anos, segundo estudo das universidades do Texas e de Massachusetts. O envolvimento em atos de apoio, mesmo informais, traz benefícios cognitivos comparáveis ao voluntariado formal, destacando a importância de manter os idosos engajados em atividades de ajuda.