O trabalho doméstico no Brasil está em transformação, com aumento de cuidadores pessoais, especialmente de idosos, refletindo a demanda crescente por assistência. Apesar disso, a precarização persiste, afetando principalmente mulheres negras.
O trabalho doméstico remunerado no Brasil está passando por mudanças significativas. Nos últimos dez anos, a proporção de cuidadores pessoais, especialmente de idosos, quase dobrou, enquanto a quantidade de trabalhadores em serviços gerais de limpeza diminuiu. Essa transformação é impulsionada pelo envelhecimento da população e pela crescente necessidade de assistência profissional, uma vez que muitas famílias têm menos membros disponíveis para cuidar de seus idosos.
Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, em 2024, 21% dos empregados domésticos eram cuidadores, um aumento em relação a 13,9% em 2014. A categoria de cuidadores pessoais, em sua maioria voltada para idosos, saltou de 5,8% para 11,1% no mesmo período.
O cenário atual também mostra que mais da metade das empregadas domésticas atuam como diaristas, enquanto a maioria dos cuidadores trabalha como mensalistas. Especialistas apontam que essa mudança é resultado da chamada "crise do cuidado", onde o aumento da longevidade e a diminuição do número de filhos nas famílias criam uma demanda crescente por cuidadores profissionais. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) estima que o número de pessoas que necessitarão de assistência prolongada nas Américas triplicará nas próximas três décadas.
Além disso, a desigualdade de gênero se reflete na carga de trabalho das mulheres, que dedicam quase o dobro do tempo em cuidados não remunerados em comparação aos homens. A falta de políticas públicas adequadas para enfrentar essa questão agrava a situação. Embora o governo federal tenha publicado a Política Nacional de Cuidados no final de 2024, ainda não há regulamentação efetiva para garantir direitos e infraestrutura necessária para esses serviços.
As condições de trabalho dos cuidadores são frequentemente precárias. Apesar de muitos terem formação técnica, como no caso de Thamíris Silva, que é técnica em enfermagem e trabalha como cuidadora, a informalidade é alta. Cerca de setenta e nove por cento dos cuidadores não têm carteira assinada, e a média salarial é equivalente a um salário mínimo, com jornadas extensas. Essa realidade é compartilhada por Lucicléia de Oliveira, que, mesmo atuando como microempreendedora, enfrenta desafios financeiros e de reconhecimento profissional.
A crescente aceitação da contratação de cuidadores reflete uma mudança nas dinâmicas familiares. No entanto, a precarização do trabalho persiste, com a maioria dos cuidadores sendo mulheres, muitas delas negras. A situação demanda atenção e ação da sociedade civil para promover melhorias nas condições de trabalho e garantir direitos. A união em torno de iniciativas que apoiem essas profissionais pode fazer a diferença na vida de muitas famílias que dependem desse serviço essencial.
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Um homem levou um sofá para o hospital onde seu pai estava internado, criticando a falta de mobiliário adequado. A prefeitura defendeu que a escassez de leitos é devido a síndromes respiratórias.
A consulta pública para os Planos Setoriais de Adaptação foi prorrogada até 9 de maio, permitindo a participação da sociedade na elaboração do Plano de Redução e Gestão de Riscos e Desastres. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Ministério do Meio Ambiente, visa fortalecer a resiliência das populações e a gestão integrada de riscos no Brasil.
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