O novo marco regulatório do MEC exige 50% do currículo de formação de professores presencial, gerando debates sobre a qualidade do ensino EAD, que já representa 87% das vagas em licenciaturas. Especialistas alertam para a necessidade de experiências práticas.

A formação de professores à distância (EAD) no Brasil tem crescido significativamente, com dados do último Censo da Educação Superior indicando que, em 2023, 87% das vagas de licenciatura eram de cursos EAD, especialmente em pedagogia. O número de graduados nessa modalidade mais que dobrou em 2022, alcançando 135 mil, o que representa 65% do total de formados. Em contrapartida, as licenciaturas presenciais sofreram uma queda de quase 40%, reduzindo sua participação para 35% dos concluintes.
O Ministério da Educação (MEC) está prestes a implementar um novo marco regulatório que exigirá que 50% do currículo dos cursos de formação de professores seja presencial. Essa mudança visa garantir a qualidade da formação docente, especialmente em relação às experiências práticas, que são essenciais para a atuação na educação básica. Especialistas alertam que a formação totalmente EAD pode não atender a essas necessidades, embora defendam a manutenção de uma parte do currículo à distância.
A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) expressa preocupação de que a nova exigência possa prejudicar a permanência de muitos alunos que dependem da flexibilidade do modelo EAD. Claudia Costin, especialista em políticas educacionais, sugere que um modelo híbrido pode ser uma solução viável, permitindo a formação prática em sala de aula, enquanto disciplinas teóricas podem ser oferecidas à distância.
Márcia Lopes Reis, professora da Faculdade de Ciências da Unesp Bauru, destaca que a experiência prática é crucial nas licenciaturas, pois a desconexão entre teoria e prática pode comprometer a formação dos futuros educadores. Ela ressalta que, embora o estágio seja uma parte importante do currículo, muitas vezes é realizado de forma isolada e com carga horária insuficiente.
Além disso, a evolução tecnológica e a pandemia trouxeram novos desafios ao ensino, como a necessidade de adaptação às tecnologias emergentes. Natália Fregonesi, coordenadora de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, enfatiza que a formação deve incluir habilidades relacionais que não podem ser adquiridas apenas por meio de aulas online. Ela defende que o estágio obrigatório deve ser iniciado nos primeiros semestres da formação, com acompanhamento adequado.
Com a crescente demanda por cursos EAD, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para garantir a qualidade da formação docente. Projetos que visem melhorar a experiência de formação dos professores podem fazer a diferença na educação do país, promovendo um futuro mais promissor para as novas gerações. A união em torno de iniciativas que apoiem a formação de educadores é essencial para transformar a realidade educacional brasileira.

A proibição do uso de celulares nas escolas visa melhorar a atenção dos alunos, mas especialistas alertam que é necessário educar sobre o uso responsável da tecnologia. Fabio Campos destaca a importância de uma educação midiática que aborde saúde mental e discernimento de informações.

Projeto de lei visa proteger crianças na internet após tragédia com menina de 8 anos. A proposta, apresentada na Câmara Legislativa do Distrito Federal, inclui educação digital nas escolas e medidas contra conteúdos perigosos.

Resultados do Programa Universidade para Todos (Prouni) do 2º semestre foram divulgados, com mais de 211 mil bolsas, sendo 118 mil integrais e 93 mil parciais, gerando grande interesse nas pesquisas online.

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) oferece seis cursos gratuitos para pessoas com 60 anos ou mais, com foco em aprendizado e integração social. As inscrições são presenciais e limitadas a 168 vagas.

Instituto Unidown promove curso de alfabetização para jovens com síndrome de Down, visando melhorar a empregabilidade. O curso, iniciado em março, utiliza o jornal Joca e dinâmicas práticas para desenvolver habilidades de leitura e escrita. Vinícius de Miranda, um dos alunos, destaca a evolução no aprendizado e a meta de conseguir um emprego. A iniciativa surge em resposta à baixa taxa de alfabetização entre jovens com a síndrome, onde apenas 8,7% estão totalmente alfabetizados. O curso inclui atividades como rodas de notícias e simulações de entrevistas, buscando preparar os alunos para o mercado de trabalho.

O Ministério da Educação (MEC) impôs novas regras para o ensino a distância (EAD), exigindo mais infraestrutura e aulas ao vivo, o que pode elevar mensalidades e fechar polos, especialmente em cidades pequenas.