O uso crescente de inteligência artificial (IA) levanta preocupações sobre seu impacto ambiental, com Joanna Stern destacando o alto consumo de energia e água dos data centers. A falta de transparência das empresas impede escolhas sustentáveis.
O uso de inteligência artificial (IA) tem crescido rapidamente, com milhões de usuários interagindo diariamente com plataformas como o ChatGPT. Contudo, essa popularidade levanta preocupações sobre o impacto ambiental gerado por essas tecnologias. Recentemente, a colunista Joanna Stern, do Wall Street Journal, destacou o elevado consumo de energia e água dos data centers que suportam a IA, enfatizando a necessidade de maior transparência por parte das empresas sobre esses dados.
Atividades como criar fotos ou realizar pesquisas por meio de IA podem ser mais custosas para o meio ambiente do que se imagina. Os prompts de IA podem consumir entre 0,3 e 3 watt-horas (Wh) de eletricidade. Embora o consumo individual pareça baixo, com cerca de 400 milhões de usuários semanais da OpenAI realizando pelo menos uma consulta por dia, o total semanal pode chegar a 952.000 kWh, equivalente ao funcionamento contínuo de uma geladeira por quase três mil anos.
Durante uma visita a um data center da Equinix em Ashburn, Virgínia, Stern observou um "SuperPod" com GPUs Nvidia H100, que são fundamentais para muitas operações de IA. Ela notou que, além da eletricidade consumida, esses sistemas demandam uma quantidade significativa de água para resfriamento, aumentando a pressão sobre o meio ambiente. Stern alertou que o consumo de energia nessa região pode se tornar um dos maiores desafios ambientais nas próximas décadas.
A falta de transparência das empresas de tecnologia em relação ao consumo de energia é uma preocupação crescente. Embora a OpenAI tenha revelado que uma consulta típica no ChatGPT consome cerca de 0,34 watt-horas, esse valor pode aumentar significativamente com tarefas mais complexas. Por exemplo, a criação de um e-mail de 100 palavras pode consumir até 140 Wh, enquanto gerar vídeos de seis segundos pode chegar a 110 Wh, um valor comparável ao necessário para cozinhar uma refeição simples.
Além do impacto energético direto, o crescimento exponencial do uso da IA pode aumentar ainda mais a demanda por energia. A pesquisadora Sasha Luccioni destaca que, embora a eficiência energética dos modelos de IA tenha melhorado, a implementação em larga escala pode resultar em um impacto ambiental significativo. Ela enfatiza a importância de quantificar o consumo de energia ao longo do tempo, permitindo uma avaliação mais precisa do impacto total.
Luccioni está desenvolvendo ferramentas e metodologias para entender melhor o consumo energético de modelos populares de IA, como o GPT-4. Um de seus projetos visa criar um padrão de eficiência energética para esses modelos, semelhante ao sistema Energy Star para eletrodomésticos. À medida que a tecnologia avança, é crucial que tenhamos dados claros sobre o consumo de energia, permitindo que a sociedade tome decisões mais conscientes sobre seu uso. A união em torno de iniciativas que promovam a sustentabilidade pode ser fundamental para mitigar os impactos ambientais da IA.
A Justiça Federal rejeitou o pedido do Ministério Público Federal do Amapá para suspender o simulado de perfuração da Petrobras na Foz do Amazonas, mas exigiu a presença da Funai nas comunicações com comunidades indígenas.
Cascas de banana, frequentemente descartadas, são valiosas para o cultivo doméstico, servindo como adubo natural e repelente de pragas. Essa prática sustentável enriquece o solo e protege as plantas.
A Profile lançou o projeto Agenda30 para conectar empresas a ações sustentáveis na Amazônia, destacando a importância de respeitar as comunidades locais e a floresta antes da COP30 em 2025. A iniciativa visa unir diferentes atores em soluções que beneficiem tanto a floresta quanto os povos indígenas, enquanto a pressão sobre o setor privado aumenta para ações concretas em prol da transição climática.
A Procter & Gamble (P&G) e a Pague Menos firmaram parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica para plantar 10 mil mudas nativas em Barra Bonita (SP), promovendo a sustentabilidade. A ação, parte dos projetos “Respiramos Juntos” e “Cidade Verde”, visa compensar as emissões de gases de efeito estufa e reforçar a preservação ambiental.
Negociações climáticas em Bonn não avançaram em questões cruciais, como financiamento e adaptação, aumentando a pressão sobre a COP30 em Belém. O Brasil, anfitrião, enfrenta desafios históricos sem soluções práticas.
A Bloomberg Philanthropies anunciou um investimento de US$ 6,8 milhões para a proteção dos ecossistemas marinhos no Brasil, destacando sua importância na meta global de 30% de oceanos protegidos até 2030. O apoio financeiro visa fortalecer a conservação marinha e será operacionalizado em parceria com diversas organizações ambientais, promovendo ações como restauração de manguezais e pesca sustentável. O anúncio ocorre um dia antes da Conferência da ONU sobre os Oceanos (UNOC3) em Nice, onde se espera a aprovação da "Declaração de Nice" e a ratificação de um tratado global para a proteção de habitats marinhos em águas internacionais.