A explosão de laudos médicos e a judicialização de demandas por benefícios relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) geram um complexo industrial no Brasil, impactando escolas e famílias. O aumento do diagnóstico, impulsionado por fatores sociais e mudanças nos critérios, levanta preocupações sobre a qualidade dos serviços e a hipermedicalização, enquanto o sistema público de saúde permanece deficiente.

O aumento do diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil tem gerado um cenário complexo e preocupante. Recentemente, educadores e gestores escolares têm relatado uma explosão no número de laudos médicos, o que resulta em uma sobrecarga significativa nas instituições de ensino. Além disso, juízes de Varas da Infância têm observado um aumento considerável de processos judiciais que buscam garantir benefícios e acesso a terapias, refletindo a crescente demanda por apoio especializado.
Estudos, como o publicado na revista Desidades, destacam que a prevalência do autismo está em ascensão, com dados variando entre uma criança a cada 33 nos Estados Unidos e uma a cada 416 ou 1.080 na Europa. Esse crescimento é atribuído a fatores como mudanças nos critérios diagnósticos, maior acesso à informação e uma detecção mais eficaz por parte dos profissionais de saúde. Contudo, essa busca por respostas rápidas para dificuldades comportamentais e de aprendizado pode desviar o foco das reais necessidades das crianças.
A pressão social para um diagnóstico precoce tem levado à emissão de laudos apressados e, muitas vezes, sem o rigor necessário. Isso contribui para a formação do que se tem chamado de Complexo Industrial do Autismo, onde interesses financeiros se sobrepõem ao cuidado genuíno. A hipermedicalização e a demanda por terapias intensivas, que podem chegar a 40 horas semanais, têm gerado preocupações sobre a qualidade de vida das crianças, que ficam privadas de momentos essenciais de brincadeira e interação.
Enquanto clínicas proliferam, muitas com profissionais de formação questionável, os planos de saúde relatam que os custos relacionados ao autismo superaram os do câncer. A judicialização das demandas por direitos e benefícios tem sido incentivada por cursos que ensinam a "monetizar o TEA", criando um ambiente onde o cuidado se transforma em consumismo. Nesse contexto, as famílias que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam uma realidade ainda mais desafiadora, com a falta de unidades de saúde mental e reabilitação adequadas.
Na esfera política, cerca de 400 projetos de lei buscam garantir benefícios para pessoas com TEA, mas muitas vezes esses esforços são capturados por interesses privados que não atendem às necessidades reais das famílias. Enquanto isso, outras condições, como paralisia cerebral e doenças genéticas, recebem menos atenção, fazendo do TEA um "passaporte" para a cidadania da criança com deficiência. É essencial que haja uma resposta articulada entre saúde, educação e justiça, com regulação e fiscalização adequadas.
O desafio é garantir que o cuidado com crianças com TEA seja baseado em direitos e ciência, respeitando suas singularidades. A sociedade civil tem um papel fundamental nesse processo, e iniciativas que promovam a inclusão e o apoio a essas crianças devem ser incentivadas. A união em torno de causas que visam melhorar a qualidade de vida dessas crianças pode fazer a diferença e transformar a realidade de muitas famílias.

Duas instituições de ensino no Rio de Janeiro oferecem cursos gratuitos presenciais com certificado. A Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio disponibiliza 1.500 vagas em mais de 50 minicursos, enquanto o Centro Universitário IBMR promove o Curso de Férias – Interpretação Jurídica.

Em 2025, famílias brasileiras priorizam educação integral, infraestrutura escolar, valorização dos professores e investimento em alfabetização, conforme pesquisa do Itaú Social. A evasão escolar é uma preocupação crescente.

A 3ª edição do Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil será lançada em 23 de maio, no Teatro Nacional Cláudio Santoro, com a participação de 400 estudantes e uma apresentação musical. O concurso, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, visa estimular a leitura e a escrita entre jovens, com inscrições abertas até 31 de agosto. A premiação ocorrerá em novembro, com um total de R$ 90 mil distribuídos em prêmios e uma coletânea acessível de poesias.

Fabiana Karla, atriz, descobre superdotação após diagnóstico de TDAH e planeja criar conteúdo para educadores sobre altas habilidades, visando melhorar a formação e inclusão nas escolas.

O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) lançou três novos cursos online gratuitos, totalizando 41 opções disponíveis. As inscrições são até 18 de junho, com conclusão até 30 de junho.

A formação docente no Brasil enfrenta desafios críticos, com previsão de um "apagão de professores" até 2040 e alta evasão em cursos de licenciatura, especialmente em Matemática. Especialistas discutem a importância da qualidade na formação para a aprendizagem dos alunos.