Crianças brasileiras enfrentam a falta de contato com a natureza, com 37,4% das escolas sem áreas verdes. O governo de São Paulo promete escolas sustentáveis até 2026, mas nenhuma foi entregue até agora.
A falta de contato das crianças com a natureza é uma preocupação crescente, especialmente no Brasil, onde estudos recentes indicam que 37,4% das escolas não possuem áreas verdes. A situação é ainda mais crítica em favelas, onde esse número sobe para 52,4%. O governo de São Paulo anunciou planos para criar escolas sustentáveis até 2026, mas até o momento, nenhuma foi entregue.
Nicolas, uma criança de sete anos, exemplifica essa realidade. Ele conhece animais e insetos apenas por visitas ao zoológico e prefere atividades internas, como videogames, a brincar ao ar livre. Sua mãe, Thalita, relembra com nostalgia as brincadeiras que fazia na infância, em um bairro que já teve mais áreas verdes. O medo da violência e a falta de espaços seguros para brincar limitam as atividades das crianças.
Especialistas alertam que a ausência de contato com a natureza pode levar a problemas de saúde física e mental, como obesidade e distúrbios comportamentais. O termo "transtorno de déficit de natureza", criado pelo jornalista Richard Louv, destaca as consequências desse isolamento, que incluem atraso no desenvolvimento motor e aumento de doenças respiratórias. A falta de áreas verdes nas cidades contribui para um ambiente prejudicial à saúde das crianças.
Por outro lado, crianças que têm acesso à natureza, como Manuela, de quatro anos, apresentam benefícios significativos. Ela vive em uma área com vegetação e relata nunca ter tido alergias, mesmo com histórico familiar. O contato com o verde não só melhora a saúde física, mas também ajuda a prevenir transtornos como ansiedade e depressão, conforme aponta o psicólogo Marco Aurélio Carvalho.
Uma pesquisa do Instituto Alana revelou que muitas escolas não oferecem acesso adequado a áreas verdes. Em média, crianças em creches passam apenas duas horas ao ar livre durante um dia de dez horas. Essa realidade é preocupante, pois as crianças expressam o desejo de brincar mais em espaços naturais. A falta de tempo das famílias e a preocupação com a segurança são barreiras adicionais para o contato com a natureza.
Com a crescente urbanização e a escassez de áreas verdes, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para criar e manter espaços que promovam o contato das crianças com a natureza. Projetos que visem a revitalização de áreas públicas e a criação de espaços verdes nas escolas podem fazer uma diferença significativa na saúde e bem-estar das futuras gerações.
Pesquisadores da Unesp criaram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando 95% de precisão nas análises. Essa metodologia pode auxiliar na formulação de políticas públicas que beneficiem tanto a agropecuária quanto a preservação ambiental.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em Assunção, Paraíba, devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. A cidade se junta a 116 reconhecimentos na Paraíba, a maioria por seca.
A transposição do córrego Santa Bárbara começou em 1º de julho, após o desmoronamento do aterro da Ouro Verde. A operação visa reduzir a contaminação da água com o uso de motobombas. Servidores do ICMBio, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da prefeitura de Padre Bernardo estão envolvidos na ação, que inclui a chegada de uma motobomba adicional com maior capacidade. A operação busca devolver água menos contaminada ao leito do córrego, enquanto tratores abrem acesso para remover resíduos do deslizamento.
Incêndios florestais no Brasil aumentam em frequência e intensidade, devastando áreas maiores que a Itália em 2024, devido a fatores climáticos e humanos, sem um sistema nacional eficaz de combate. A combinação de mudanças climáticas e degradação ambiental tem intensificado os incêndios na Amazônia e no Pantanal, revelando a urgência de um sistema nacional de combate a incêndios.
Em 2024, o desmatamento na Mata Atlântica caiu 2% segundo o Atlas e 14% pelo SAD, mas ambientalistas consideram os números ainda insuficientes. A Bahia lidera o desmatamento, com aumento de áreas de matas maduras.
Estudo revela que mudanças climáticas podem levar à extinção de 500 espécies de aves em um século, mas programas de recuperação podem salvar 68% da biodiversidade global. Ações urgentes são necessárias.