Pesquisadores da Unesp criaram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando 95% de precisão nas análises. Essa metodologia pode auxiliar na formulação de políticas públicas que beneficiem tanto a agropecuária quanto a preservação ambiental.

O Brasil se consolidou como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas o crescimento da agropecuária trouxe consequências ambientais significativas, como desmatamento e degradação do solo. Para enfrentar esses desafios, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando uma precisão de 95% nas análises.
A nova metodologia, liderada pelo professor Michel Eustáquio Dantas Chaves, combina cubos de dados do projeto Brazil Data Cube e a abordagem Geobia (Geographic Object-Based Image Analysis). O Brazil Data Cube, criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), organiza dados de diferentes satélites em um formato que facilita a análise temporal e espacial das áreas agrícolas.
Os pesquisadores testaram essa tecnologia no mapeamento do uso da terra no Mato Grosso durante o ano agrícola de 2016/2017. Os resultados mostraram uma taxa de precisão de 95%, com a identificação de florestas alcançando 100%. No entanto, a precisão foi de 88% nas classes Cerrado e Pastagem, devido à diversidade do bioma e à sazonalidade da vegetação.
Um dos destaques da pesquisa foi a capacidade de identificar cultivos duplos, onde duas culturas são plantadas em um mesmo local em diferentes safras. Essa análise é crucial para o monitoramento agrícola, especialmente em tempos de mudanças climáticas, pois permite um acompanhamento mais detalhado do crescimento das culturas.
O Mato Grosso, com sua diversidade de biomas e forte presença do agronegócio, foi escolhido como campo de testes devido à sua relevância na produção de grãos no Brasil. A metodologia desenvolvida pode ser adaptada para outras regiões e culturas, utilizando dados disponíveis gratuitamente pelo Inpe e algoritmos de acesso livre.
Com a evolução contínua da tecnologia, há uma expectativa de que em breve sejam disponibilizadas imagens com resoluções ainda melhores. Essa inovação pode ser um passo importante para melhorar a gestão dos recursos naturais e promover práticas agrícolas sustentáveis. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem soluções eficazes para os desafios enfrentados na agropecuária e na preservação ambiental.

Desabamento do Aterro Sanitário Ouro Verde em Padre Bernardo (GO) leva Semad a desviar o Córrego Santa Bárbara e retirar 42 mil metros cúbicos de lixo, após falhas da empresa responsável. Medidas emergenciais são urgentes.

O VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países Lusófonos e o IX Encontro Nacional de Educação Ambiental do Ibama ocorrerão em Manaus, abordando justiça ambiental e emergência climática. Os eventos visam fortalecer a atuação do Ibama e promover diálogos sobre práticas transformadoras em Educação Ambiental.

Governo federal e Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmam parceria para modernizar a gestão pública e otimizar o licenciamento ambiental, com doação de R$ 1,5 milhão em equipamentos ao Ibama. A iniciativa visa promover inovação e segurança jurídica nos processos, fortalecendo a capacidade técnica do órgão.

Um projeto de monitoramento na Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, em Paraty (RJ), revelou filhotes de Trinta-réis-de-bando e Trinta-réis-de-bico-vermelho, destacando a importância da preservação ambiental para a avifauna local. A iniciativa, em colaboração com a Universidade de Cornell, mapeia comportamentos migratórios e reforça a necessidade de ambientes seguros para reprodução.

Uma carreta que transportava corante colidiu com um poste em Jundiaí, resultando em um vazamento de 2 mil litros do produto. Aves foram afetadas e capivaras estão sendo monitoradas. A via foi interditada.

Manguezais da Reserva Biológica de Guaratiba, no Rio de Janeiro, estão se deslocando 300 metros para o interior devido à elevação do nível do mar, conforme pesquisa do NEMA/Uerj. Essa mudança gera preocupações sobre a perda de serviços ecossistêmicos essenciais, como a proteção contra inundações e a regulação do clima.