Cuidadores de pessoas com demência no Brasil são, em sua maioria, mulheres, enfrentando exaustão emocional e falta de apoio. Apenas 183 centros-dia atendem essa demanda crescente. É urgente a ação do governo.
As demências, que causam um déficit progressivo na função cognitiva, impactam não apenas os pacientes, mas também seus cuidadores, que são predominantemente mulheres. Com o envelhecimento da população brasileira, a necessidade de políticas públicas que integrem ações voltadas para os familiares dos enfermos se torna cada vez mais urgente. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que 93,6% dos cuidadores de pessoas com demência no Brasil são mulheres, com uma média de idade de 48,8 anos.
Dos cuidadores, 42,8% abandonaram seus empregos para se dedicar integralmente aos pacientes, e 94,9% realizam essa tarefa sem remuneração. A pesquisa também aponta que 85% dos cuidadores relatam exaustão emocional, 78% sentem cansaço físico constante e 62,5% afirmam que a função impactou negativamente suas vidas pessoais. Esses dados evidenciam a necessidade de suporte para esses cuidadores, que enfrentam desafios diários.
Uma das soluções para aliviar a pressão sobre os familiares é a criação de centros-dia, onde os idosos com demência possam ser acolhidos durante o dia. Contudo, segundo levantamento da Folha, existem apenas 183 desses centros no Brasil, e a maioria não é especializada no tratamento de pessoas com transtornos de déficit cognitivo. É fundamental que os governos em todas as esferas se articulem para ampliar o acesso a esses serviços essenciais.
O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, entre 2000 e 2022, a população de zero a 14 anos caiu de 30% para 20,1%, enquanto a faixa etária acima de 60 anos aumentou de 8,7% para 15,6%. Em 2024, o Ministério da Saúde informou que 8,5% da população com 60 anos ou mais vive com demência, totalizando cerca de 1,8 milhão de pessoas. A projeção para 2050 é alarmante, com estimativas de que esse número chegue a 5,7 milhões.
Para enfrentar esse cenário, é necessário alocar recursos não apenas para o tratamento interdisciplinar, que deve incluir neurologistas, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e cuidadores, mas também para ações de prevenção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 40% dos casos de demência podem ser evitados por meio de intervenções em áreas como educação, controle de hipertensão, obesidade e sedentarismo.
Os dados apresentados ressaltam a urgência de ações efetivas para lidar com o aumento dos casos de demência no Brasil. A sociedade civil pode desempenhar um papel crucial nesse processo, apoiando iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida dos cuidadores e pacientes. A união em torno de projetos que promovam o acolhimento e a assistência a essas famílias pode fazer a diferença na luta contra essa condição debilitante.
Walter Casagrande Júnior compartilhou sua luta contra a dependência química em programa da TV Brasil, revelando como um acidente de carro o levou à sobriedade e à importância da cultura em sua recuperação.
Dados da Pnad 2023 revelam que a presença do pai no domicílio reduz a evasão escolar entre jovens, evidenciando a importância da paternidade ativa e a necessidade de políticas públicas que incentivem essa participação.
O tenista dinamarquês Holger Rune, número 8 do mundo, lançou uma loja virtual com produtos autografados, incluindo raquetes quebradas, e destina parte da arrecadação a projetos sociais. O sucesso foi imediato, com itens esgotados rapidamente.
A Anvisa revogou a norma que impunha abstinência de doação de sangue para homens gays e bissexuais, após decisão do STF, permitindo triagem baseada em condutas de risco individuais. Essa mudança representa um avanço significativo na luta contra a discriminação e a promoção da cidadania.
Projeto de lei propõe centros de apoio 24 horas para mulheres vítimas de violência no DF. A iniciativa, do deputado Hermeto (MDB), visa oferecer atendimento especializado e acolhimento imediato, atendendo a uma demanda urgente na região. Os centros serão instalados em áreas com altos índices de violência, com equipes multidisciplinares disponíveis a qualquer hora.
Mirtes Renata Santana de Souza, após a morte de seu filho Miguel, se formou em Direito e apresentou um TCC sobre trabalho escravo contemporâneo, enquanto busca justiça pelo caso que permanece na Justiça. Mirtes, que sonhava em cursar Gastronomia, transformou sua dor em motivação para estudar Direito e ajudar outras mulheres. Seu TCC, que recebeu nota máxima, aborda a proteção das trabalhadoras domésticas. O caso de Miguel, que ainda não teve resolução, continua a gerar repercussão e críticas à morosidade da Justiça.