Mônica Pinto, do Unicef Brasil, enfatizou a necessidade de participação popular e condições adequadas para alcançar as metas do Plano Nacional de Educação, que será atualizado em 2026. A desvalorização do professor e o uso da tecnologia foram criticados, destacando a falta de prioridades nas políticas públicas.

O debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) ganhou destaque na última sexta-feira, 13 de junho, durante o “Festival Led, Luz na Educação”, realizado na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Mônica Pinto, chefe de educação do Unicef Brasil, enfatizou a importância da participação da população na discussão das metas do PNE, que serão atualizadas em janeiro de 2026. O plano, que entrou em vigor em 2014, foi prorrogado até dezembro deste ano, e a especialista ressaltou que é fundamental garantir condições adequadas para que os objetivos sejam alcançados.
A gestora de inovação Giselle Santos também participou do evento e destacou a necessidade de comunicar as políticas públicas de forma acessível. Segundo ela, é essencial simplificar a linguagem utilizada para que a comunidade escolar e a sociedade possam se engajar nos debates. “Precisamos repensar como essas políticas são apresentadas e como as pessoas são convidadas a participar”, afirmou Santos, ressaltando que muitas vezes a terminologia utilizada é complexa e pouco compreensível.
Outro ponto abordado foi a desvalorização do professor e o papel da tecnologia na educação. Murilo Nogueira, diretor administrativo da Fundação Bradesco, afirmou que a Inteligência Artificial pode ser uma aliada no cotidiano dos educadores, mas não substitui a interação humana. “As ferramentas de IA podem auxiliar, mas a conexão que o professor deve ter com o aluno é insubstituível”, disse Nogueira, enfatizando a importância do papel do educador.
Giselle Santos criticou a falta de prioridades nas políticas públicas relacionadas à tecnologia na educação. Ela afirmou que o país ainda está “engatinhando” nesse debate, sem clareza sobre os problemas a serem resolvidos e quem deve participar do processo. A chefe de educação do Unicef Brasil complementou que a realidade das escolas é preocupante: “Cerca de 5% das escolas brasileiras não têm energia elétrica e menos de 40% têm acesso à internet para fins pedagógicos”, alertou.
Mônica Pinto destacou a necessidade de que as políticas públicas cheguem efetivamente às escolas, afirmando que existe um grande abismo entre a teoria e a prática. “Os recursos são importantes, mas precisam ser direcionados para as realidades das escolas”, afirmou. Ela também defendeu investimentos na formação e valorização dos professores, ressaltando que as políticas devem atender às diversas realidades sociais do Brasil.
O evento reforçou a urgência de uma mobilização social em torno da educação. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para que as mudanças necessárias ocorram e para que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade. Projetos que visem apoiar a educação e a valorização dos educadores devem ser incentivados, pois podem fazer a diferença na vida de muitas crianças e adolescentes.

Censo Escolar 2024 revela queda de 220 mil matrículas no ensino fundamental, evidenciando a urgência de políticas como o programa Escola das Adolescências para reverter a evasão escolar.

O GLOBO lançou uma plataforma que reúne dados de quase 200 escolas em São Paulo, permitindo que pais filtrem instituições por localização, preço e perfil educacional. A ferramenta oferece informações detalhadas sobre infraestrutura e desempenho no Enem, facilitando a escolha da escola ideal.

Cinco plataformas brasileiras oferecem cursos gratuitos online com certificado, promovendo a qualificação profissional acessível. Universidades como USP e FGV lideram essa iniciativa, ampliando oportunidades de aprendizado.

Escolas do DF celebram o Dia do Campo com eventos que valorizam a educação rural. A iniciativa, que ocorreu em 16 de abril de 2025, envolveu 22 escolas e destacou a importância da comunidade rural na formação dos alunos.

A Fundação Bradesco e a Microsoft lançam quatro novos cursos gratuitos online sobre inteligência artificial, visando promover inclusão digital e qualificação profissional. As inscrições estão abertas na plataforma Escola Virtual.

A Fuvest respondeu a preocupações de estudantes sobre mudanças no vestibular, incluindo novos gêneros textuais na redação e reestruturação das questões. A fundação implementará um programa de escuta psicológica para ajudar os vestibulandos.