O desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024, com reduções em todos os biomas, exceto na Mata Atlântica. O Ibama embargou 70 mil hectares em operação contra a ilegalidade, enfrentando pressões políticas.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a gestão de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente conseguiram, em 2024, registrar uma redução de 32,4% no desmatamento em relação a 2023. Essa queda foi observada em todos os biomas, exceto na Mata Atlântica, que se manteve estável pela primeira vez em seis anos. O relatório anual do MapBiomas, divulgado em 15 de maio, destaca que a Amazônia teve uma diminuição de 16,8%, o Cerrado de 41,2% e o Pantanal de 58,6%.
Apesar das pressões políticas e da oposição de governadores, prefeitos e até do governo federal, o Ibama conduziu uma megaoperação contra o desmatamento ilegal entre o final de abril e o começo de maio. Essa ação embargou 70 mil hectares de áreas que apresentaram irregularidades, utilizando imagens de satélite e dados sobre propriedades. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que está disposto a revisar a operação para corrigir eventuais erros, mas sem abrir mão do combate às ilegalidades.
A pressão para flexibilizar as leis ambientais é intensa, especialmente em um cenário onde a demanda global por produtos como carne, soja e milho aumenta. O Congresso Nacional, em geral, tem sido um vetor de desmatamento, buscando impunidade para aqueles que descumprem a legislação ambiental. A situação é ainda mais complexa com a união de políticos de diferentes espectros em torno da exploração de novas áreas petrolíferas na costa amazônica.
O governador do Pará, Helder Barbalho, aliado do governo federal, e representantes ruralistas têm pressionado o Ibama para liberar autorizações de perfuração na Margem Equatorial. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a exploração de recursos naturais como forma de financiar a transição energética, afirmando que é necessário explorar riquezas para obter recursos financeiros.
Os dados apresentados pelo MapBiomas e as ações do Ibama demonstram um esforço significativo para conter o desmatamento, mas a resistência política e as pressões econômicas continuam a ser desafios. A estabilidade da Mata Atlântica e as reduções em outros biomas são sinais positivos, mas a verdadeira mudança dependerá da continuidade e do fortalecimento das políticas ambientais.
Nesta conjuntura, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a preservação ambiental e a fiscalização efetiva. Projetos que visem a proteção das florestas e a recuperação de áreas degradadas podem fazer a diferença e garantir um futuro sustentável para o Brasil.

Ibama soltou cachorro-do-mato resgatado após atropelamento, destacando a importância do licenciamento ambiental e do Programa de Proteção à Fauna. O animal, tratado no Cetas, retorna à natureza após recuperação.

O desmatamento na Amazônia aumentou 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025, totalizando mais de 4 mil km², enquanto o Cerrado registrou queda de 21% nos alertas de desmatamento. O governo atribui a alta à seca e aos incêndios florestais, destacando a necessidade de intensificar a fiscalização e o combate ao fogo.

Manaus enfrenta um impasse na gestão de resíduos sólidos, com a Marquise Ambiental pronta para operar um novo aterro, mas sem contrato com a prefeitura devido à resistência popular e localização próxima a um igarapé.

Sebastião Salgado, fotógrafo e ambientalista, deixou um legado sobre a Amazônia, enquanto a Câmara dos Deputados avança com um projeto de lei que ameaça a legislação ambiental e a biodiversidade brasileira.

Relatório revela que jatos particulares nos EUA são responsáveis por 65% dos voos e 55% das emissões globais, com o Aeroporto Van Nuys se destacando como um dos mais poluentes. O uso crescente de jatos particulares aumentou suas emissões em 25% na última década.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por irregularidades no descarte de resíduos no Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda. A empresa MCI Reciclagem e Comércio é citada por possíveis violações ambientais.