A International Diabetes Federation reconheceu o diabetes relacionado à desnutrição como "diabetes tipo 5". Especialistas se reúnem para desenvolver diretrizes de diagnóstico e tratamento.
O diabetes relacionado à desnutrição, agora oficialmente denominado “diabetes tipo 5”, foi reconhecido pela International Diabetes Federation em uma votação realizada em 08 de abril de 2025, durante o Congresso Mundial de Diabetes em Bangkok, Tailândia. Especialistas, como a médica Meredith Hawkins, estão desenvolvendo diretrizes de diagnóstico e tratamento, enfatizando a importância de uma abordagem nutricional específica para essa condição, que historicamente foi subdiagnosticada e mal compreendida.
O diabetes tipo 5 é mais comum em homens jovens com índice de massa corporal inferior a 19 kg/m², especialmente em países de baixa e média renda. Esses pacientes frequentemente são diagnosticados erroneamente como portadores de diabetes tipo 1, embora não apresentem cetonúria nem cetose, apesar da hiperglicemia e da alta necessidade de insulina. A Dra. Meredith destacou que essa nova classificação é um passo significativo para aumentar a conscientização sobre um problema de saúde devastador.
Historicamente, a Organização Mundial da Saúde havia classificado o diabetes relacionado à desnutrição, mas abandonou essa categoria em 1999, alegando falta de evidências. A Dra. Meredith, que se deparou com essa condição em 2005, fundou o Einstein’s Global Diabetes Institute em 2010 para estudar a doença. Em 2022, sua equipe publicou resultados de exames metabólicos de setenta e três homens indianos, identificando vinte deles como portadores do diabetes tipo 5.
As descobertas revelaram que o grupo com diabetes tipo 5 apresentava menor secreção total de insulina em comparação com o grupo magro sem diabetes e com o grupo de diabetes tipo 2. Além disso, a produção endógena de glicose foi significativamente menor, enquanto a captação de glicose foi maior nesse grupo. Essas informações contradizem a crença anterior de que a resistência à insulina era a principal causa do diabetes associado à desnutrição.
A Dra. Meredith enfatizou a importância de diferenciar o diabetes tipo 5 do tipo 1, pois a administração excessiva de insulina pode ser fatal. Embora ainda não existam diretrizes claras para o tratamento, dados preliminares sugerem que doses muito pequenas de insulina, combinadas com medicamentos orais, podem ser mais eficazes. Ela também sugere que a dieta dos pacientes deve incluir mais proteínas e menos carboidratos, além de atenção às deficiências de micronutrientes.
Um grupo de trabalho está encarregado de elaborar diretrizes formais para o diagnóstico e tratamento do diabetes tipo 5 nos próximos dois anos. A Dra. Meredith frequentemente discute essa condição em universidades de países em desenvolvimento, ressaltando a necessidade de mais atenção à saúde dessas populações. A união em torno desse tema pode proporcionar suporte significativo a iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida de pessoas afetadas por essa condição negligenciada.
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