Saúde e Ciência

Dificuldade para engolir pode ser sinal de câncer de esôfago; conheça os sintomas e fatores de risco

Abril é o mês de conscientização sobre o câncer de esôfago, que afeta principalmente homens acima dos 50 anos. A oncologista Dra. Gabriela Sales destaca a importância de hábitos saudáveis para prevenção e tratamento.

Atualizado em
April 12, 2025
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O câncer de esôfago é uma condição séria, frequentemente diagnosticada em estágios avançados. Os principais sintomas incluem dificuldade para engolir alimentos sólidos, pastosos ou líquidos, que podem ser sinais de alerta. Segundo a oncologista Gabriela Filgueiras Sales, do Instituto de Oncologia de Sorocaba, essa dificuldade é um dos principais indícios da doença, que muitas vezes é confundida com refluxo devido ao estreitamento do esôfago causado pelo crescimento do tumor.

O câncer de esôfago é o oitavo mais comum no mundo, afetando principalmente homens acima dos 50 anos. No Brasil, o carcinoma epidermóide (CEC) é o tipo mais frequente, representando cerca de noventa e seis por cento dos casos. O adenocarcinoma, embora menos comum, tem mostrado um aumento significativo nas últimas décadas, especialmente em populações ocidentais, associado ao crescimento da obesidade e da doença do refluxo gastroesofágico.

Os principais fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool e ingestão de líquidos muito quentes, acima de sessenta e cinco graus Celsius. A médica ressalta que o álcool está fortemente ligado ao aumento do risco de carcinoma de células escamosas, enquanto o tabaco é um fator de risco relevante para ambos os tipos de tumor. Além disso, a obesidade e a exposição ocupacional à radiação ionizante também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

O diagnóstico do câncer de esôfago é realizado por meio de endoscopia digestiva alta (EDA) e biópsia das lesões suspeitas. Após a confirmação, exames de imagem, como tomografias, são necessários para avaliar o estágio da doença e definir o tratamento adequado. O tratamento é complexo e envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgiões oncológicos, oncologistas clínicos, radioterapeutas e nutricionistas, com opções que variam entre cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

Durante o mês de abril, dedicado à conscientização sobre o câncer de esôfago, a médica enfatiza a importância de hábitos saudáveis para a prevenção. Evitar fumar, consumir álcool em excesso e ingerir alimentos ou bebidas muito quentes são atitudes que podem fazer a diferença. Qualquer sintoma persistente deve ser investigado por um médico de confiança, pois a detecção precoce é crucial para o tratamento eficaz.

Nessa luta contra o câncer de esôfago, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que promovem a conscientização e o apoio a pacientes e suas famílias são essenciais. A mobilização em torno dessas causas pode proporcionar recursos e suporte necessário para aqueles que enfrentam essa doença desafiadora.

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