O câncer de colo do útero continua a ser um grave problema de saúde na América Latina, com cerca de 19 mortes diárias no Brasil. A introdução do exame molecular para detecção do HPV no SUS em 2024 e a eficácia da vacinação contra o HPV destacam a urgência de priorizar a prevenção em vez do tratamento.

O câncer de colo do útero (CCU) representa um desafio significativo para a saúde pública, especialmente na América Latina, onde as taxas de incidência e mortalidade são alarmantes. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que cerca de dezenove mulheres morrem diariamente no Brasil devido a essa doença, com a previsão de 17 mil novos casos até 2025. O tratamento do CCU gera um fardo considerável, tanto em termos de sofrimento humano quanto de custos financeiros.
Um estudo recente no Brasil estimou que o custo médio anual do tratamento do câncer de colo do útero é de aproximadamente U$ 2.219,73 por paciente, com os custos médicos diretos representando 81,2% das despesas totais. O impacto financeiro para o sistema de saúde brasileiro é estimado em cerca de 25,95 milhões de dólares anualmente. Esses números não apenas refletem o peso econômico, mas também o desgaste emocional e físico enfrentado por pacientes e suas famílias durante o tratamento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma estratégia para erradicar o câncer de colo do útero até 2030, com três pilares principais: vacinar 90% das meninas contra o HPV até os 15 anos, realizar testes de alto desempenho em 70% das mulheres aos 35 e 45 anos e garantir que 90% das mulheres diagnosticadas recebam tratamento adequado. A vacinação é crucial, pois cerca de 99% dos casos de câncer cervical estão relacionados ao HPV.
Em 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o exame de testagem molecular para detecção do HPV, que oferece um diagnóstico mais rápido e preciso. O novo protocolo permite que o intervalo entre os exames seja ampliado para cinco anos, facilitando o acesso e a adesão das mulheres ao rastreamento. Essa mudança é um avanço significativo em comparação ao exame de Papanicolau, que exigia a realização anual ou a cada três anos.
Uma revisão sistemática sobre a relação custo-efetividade da vacinação contra o HPV na América Latina mostrou que a vacinação é uma estratégia econômica e eficaz na redução da incidência do câncer de colo do útero. Os custos da vacinação são uma fração das despesas com o tratamento do CCU, tornando-a um investimento sólido em saúde pública. A promoção de programas de vacinação pode otimizar as estratégias de prevenção e ajudar a alcançar as metas estabelecidas pela OMS.
O alto custo do tratamento do câncer cervical, especialmente em regiões com recursos limitados, destaca a necessidade urgente de priorizar medidas preventivas. A vacinação contra o HPV e a testagem molecular são passos essenciais para reduzir o número de casos e mortes. Nessa situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a saúde e a prevenção do câncer de colo do útero.

O Brasil registrou cerca de 600 mil mortes por diabetes tipo 2 em uma década, com pesquisa da Tufts University revelando que a má alimentação gerou 14,1 milhões de casos em 2018. Fatores como baixo consumo de grãos integrais e excesso de carne processada foram destacados.

Estudo recente revela que hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo não apenas aumentam o risco de AVC, mas também sua gravidade, resultando em desfechos catastróficos. A pesquisa, que analisou mais de 13 mil casos globalmente, destaca que esses fatores de risco são modificáveis e podem ser controlados para prevenir AVCs graves.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal lançou o projeto “AVC no Quadrado” para melhorar o atendimento a vítimas de Acidente Vascular Cerebral, expandindo técnicas de tratamento em mais hospitais. A iniciativa visa reduzir a mortalidade e sequelas, integrando serviços de saúde e promovendo a telemedicina.

Estudo revela que maus-tratos na infância reduzem o volume do hipocampo direito, impactando memória e regulação emocional. Pesquisadores do CISM destacam a urgência de intervenções precoces para mitigar esses efeitos.

O Cehub e o laboratório Genun promovem palestra sobre novas diretrizes de rastreamento do câncer de colo do útero, substituindo o Papanicolau pelo teste molecular de PCR para HPV. O evento, gratuito e presencial, ocorrerá em 26 de junho, com o biomédico Marco Antônio Zonta, especialista em doenças infecciosas. A nova abordagem permite diagnósticos mais precoces e precisos, visando reduzir a mortalidade por câncer entre mulheres no Brasil, onde são esperados mais de 17 mil novos casos em 2025. As inscrições estão abertas até 25 de junho.

Grupo Florescer, do Hospital Regional de Taguatinga, acolhe mais de 50 mulheres em tratamento oncológico, promovendo saúde mental e ressignificação das experiências. A iniciativa melhora desfechos clínicos e fortalece vínculos.