Médico Antônio Carlos Moraes alerta sobre a importância do acompanhamento para doenças inflamatórias intestinais, destacando o papel da microbiota e os riscos da má alimentação e hiper-higienização. A falta de atenção aos sinais nas fezes pode agravar condições sérias.

O médico Antônio Carlos Moraes, com mais de 40 anos de experiência no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, alerta sobre a importância do acompanhamento médico. Ele observa que muitos pacientes jovens evitam buscar ajuda devido a tabus relacionados ao intestino, o que pode agravar suas condições. Moraes destaca que a saúde intestinal é afetada por fatores como má alimentação, uso excessivo de antibióticos e hiper-higienização.
Segundo Moraes, a microbiota, um conjunto de microrganismos que habitam o intestino, é fundamental para a saúde. Ele explica que essa microbiota se desenvolve na infância e pode ser influenciada por diversos fatores. O médico menciona que crianças que convivem com animais de estimação tendem a ter menos doenças autoimunes, reforçando a importância de um ambiente saudável e diversificado.
O especialista também discute o impacto da dieta na microbiota. Um estudo realizado com uma população nipônica que se mudou para os Estados Unidos revelou que aqueles que mantiveram a dieta asiática não desenvolveram câncer de cólon, enquanto os que adotaram hábitos alimentares americanos apresentaram aumento nos casos da doença. Isso demonstra como a alimentação pode alterar a microbiota de forma negativa.
Moraes critica o uso indiscriminado de probióticos, que são frequentemente vistos como uma solução mágica para problemas intestinais. Ele ressalta que, embora possam ser benéficos, não há um consenso sobre qual probiótico utilizar em cada caso, e a escolha deve ser feita com cautela. A falta de marcadores sensíveis para determinar a necessidade de probióticos torna o tratamento mais complexo.
Sobre as doenças inflamatórias intestinais, Moraes aponta que não há um único fator causal. Ele menciona a teoria do expossoma, que considera como o ambiente contribui para a inflamação. Além disso, a hiper-higienização e a genética também desempenham papéis importantes no desenvolvimento dessas condições. O médico observa que a incidência de doenças autoimunes tem aumentado em países desenvolvidos, onde a higienização é excessiva.
Por fim, Moraes destaca a importância de observar sinais nas fezes, como a presença de sangue, que pode indicar problemas graves. Ele enfatiza que a vergonha em relação à evacuação pode ser perigosa e que todos devem estar atentos à saúde intestinal. Em situações como essa, a união da sociedade pode fazer a diferença, promovendo ações que ajudem a conscientizar sobre a saúde intestinal e a importância do acompanhamento médico.

São Paulo registra aumento de 18% em cirurgias de alta complexidade em 2024. O estado repassou R$ 4,3 bilhões, destacando 4.450 atendimentos oncológicos e 5.562 cirurgias cardíacas a mais.

A Fiocruz, por meio de Farmanguinhos, firmou parcerias com a EMS para produzir liraglutida e semaglutida no Brasil, visando reduzir custos e ampliar o acesso a esses medicamentos. A produção começará em Hortolândia (SP) e deve facilitar a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Estudo da Universidade do Arizona revela aumento da cardiomiopatia de takotsubo, com mortalidade de 11,2% em homens e 5,5% em mulheres, destacando a necessidade de maior conscientização e tratamento eficaz.

A atividade física regular é fundamental para pacientes oncológicos, melhorando a eficácia da quimioterapia e a qualidade de vida, segundo especialistas do Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp). Eles recomendam entre 180 e 200 minutos de exercícios aeróbicos por semana, destacando a importância de consultar médicos antes de iniciar qualquer programa de exercícios.

Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México iniciam testes clínicos de uma vacina experimental contra o Alzheimer, focando na proteína tau, com resultados promissores em animais. Essa abordagem inovadora visa bloquear a propagação da tau tóxica, oferecendo esperança para milhões afetados pela doença.

Cerca de 30% da população adulta brasileira enfrenta hipertensão, conforme dados de 2023 da Vigitel. A condição, que aumenta o risco de AVC, é influenciada por hábitos alimentares, especialmente o consumo excessivo de sódio e açúcar. Alimentos industrializados e bebidas alcoólicas são os principais vilões. Para controlar a pressão arterial, recomenda-se a inclusão de potássio e alimentos naturais na dieta.