Programa Mais Acesso à Especialistas, sob nova direção de Alexandre Padilha, será reestruturado para acelerar atendimentos no SUS, incluindo parcerias com a rede privada.
Um ano após seu lançamento no Palácio do Planalto, o programa Mais Acesso à Especialistas, que tinha como objetivo reduzir filas no Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta desafios sob a nova gestão de Alexandre Padilha. O programa, que se tornou uma preocupação para o governo, não conseguiu deslanchar como esperado. Agora, a reestruturação visa torná-lo uma das principais iniciativas do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova estratégia inclui parcerias com a rede privada e uma mudança de nome para aumentar a identificação do público. A proposta é levar pacientes do SUS para realizar exames e cirurgias em hospitais privados, além de ampliar os mutirões de consultas e procedimentos em áreas com maior demanda, como oncologia e cardiologia. O tempo médio de espera para uma consulta no SUS, que chegou a cinquenta e sete dias em 2024, reforça a urgência dessas mudanças.
Padilha assumiu a pasta da Saúde com a missão de acelerar o programa, que foi criticado por sua gestão anterior. A equipe do ministro está propondo soluções que incluem a troca de dívidas de operadoras de saúde por cirurgias, visando aliviar as filas de espera. Além disso, a pasta está solicitando aos estados um levantamento das filas atuais para iniciar os mutirões ainda no primeiro semestre.
Uma das críticas à gestão anterior foi a falta de parcerias com o setor privado, que poderia ter fortalecido o SUS. A nova abordagem busca mudar essa lógica, permitindo que o governo federal tenha um papel mais ativo na gestão do programa. A expectativa é que, ao implementar essas mudanças, a população perceba uma melhora significativa no atendimento, o que é crucial para a imagem do governo.
O programa, que já viu um aumento de quarenta por cento no número de cirurgias realizadas pelo SUS em 2024, ainda enfrenta desafios. A burocracia e a complexidade do sistema de pagamento são obstáculos que precisam ser superados para que as mudanças sejam efetivas. O governo está ciente de que a percepção pública é fundamental para o sucesso da iniciativa.
Com a reestruturação em andamento, o governo planeja um relançamento do programa em maio, com um novo nome que ressoe melhor com a população. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para impulsionar iniciativas que melhorem o acesso à saúde, beneficiando aqueles que mais precisam de atendimento especializado.
A Anvisa autorizou a primeira vacina contra chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan e Valneva, para adultos acima de dezoito anos. O imunizante, já aprovado nos EUA e na União Europeia, demonstrou alta eficácia em estudos clínicos, com 98,9% de produção de anticorpos. A vacina, que utiliza vírus vivo atenuado, será fabricada na Alemanha, com planos de produção no Brasil. A disponibilização ao público ainda não tem data definida, mas o Butantan planeja vacinar prioritariamente residentes de áreas endêmicas.
Em resposta ao aumento de casos de hepatite A, o Ministério da Saúde intensificará a vacinação em homens adultos, especialmente usuários da PrEP, visando conter surtos e prevenir complicações graves.
O Rio de Janeiro confirmou mais duas mortes por febre oropouche, totalizando três óbitos em 2023. As vítimas, de 34 e 23 anos, eram de Macaé e Paraty, e não houve novos casos desde então.
O Ministério da Saúde solicitará a inclusão da vacina contra chikungunya no SUS. Após aprovação da Anvisa, o imunizante do Instituto Butantan e Valneva visa combater a doença, que já causou 68,1 mil casos no Brasil desde 2014. A vacina, de dose única e indicada para adultos em risco, pode ser incorporada ao Programa Nacional de Imunizações.
O SUS iniciou as infusões do Zolgensma, terapia gênica para AME, em crianças com menos de seis meses, após acordo com a Novartis. Brasil é o sexto país a oferecer essa opção no sistema público. O medicamento, que custa R$ 7 milhões por dose, será administrado a crianças com AME tipo 1, sem ventilação mecânica invasiva. O pagamento é vinculado ao sucesso do tratamento, com acompanhamento por cinco anos.
O Hospital de Base do Distrito Federal promoverá atividades de saúde vocal em abril. O evento, em parceria com a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, visa a prevenção de doenças da laringe e atenderá pacientes com urgência. A programação inclui triagens, avaliações e uma apresentação musical.