Em 2024, o Brasil registrou mais de 84 mil mortes por AVC, com a hipertensão como principal fator de risco. A desigualdade na distribuição de hospitais especializados agrava a situação, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.

O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de mortes cardíacas no Brasil e a segunda no mundo, com mais de 84 mil óbitos registrados em 2024, conforme dados do Portal de Transparência dos Cartórios. Apesar da criação de centros especializados, a rede pública de saúde ainda enfrenta dificuldades na prevenção e no atendimento a pacientes com sintomas de AVC. A hipertensão é o principal fator de risco, afetando cerca de 50,7 milhões de brasileiros, mas apenas 33% desse grupo mantém a pressão arterial controlada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os sintomas mais comuns do AVC incluem fraqueza ou formigamento em um lado do corpo, dificuldade para falar, problemas de visão, dor de cabeça intensa e alterações de equilíbrio. O tratamento eficaz, que envolve o uso de trombolíticos, deve ser iniciado em até 4 horas e 30 minutos após o início dos sintomas. Contudo, a falta de hospitais habilitados, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, dificulta o acesso ao tratamento adequado.
Desde 2012, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com centros especializados no atendimento ao AVC, totalizando 119 unidades. No entanto, a distribuição é desigual, com estados como o Pará possuindo apenas um hospital habilitado para o procedimento de trombólise. No Amazonas, a habilitação se restringe à capital, Manaus. A coordenadora da Academia Brasileira de Neurologia, Maramélia Miranda, destaca que muitos centros aguardam a liberação de habilitação pelo Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde informa que atualmente oferece 17 procedimentos para o tratamento do AVC no SUS, incluindo trombolíticos e a trombectomia mecânica, que foi incorporada em novembro de 2023. A organização da rede assistencial e o cumprimento dos protocolos são responsabilidades das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Maramélia sugere que campanhas educativas são essenciais para orientar a população sobre a importância de buscar hospitais habilitados ao apresentar sintomas de AVC.
O neurologista Hideraldo Cabeça explica que a identificação do tipo de AVC, isquêmico ou hemorrágico, é crucial para o tratamento. O AVC isquêmico, que representa 85% dos casos, requer a trombólise dentro da janela de 4 horas e 30 minutos. A trombectomia mecânica pode ser realizada até 24 horas após o início dos sintomas, mas sua implementação no SUS ocorreu com atraso, em comparação a outros países.
A hipertensão, que eleva a pressão arterial, é um fator de risco significativo para o AVC. A prevenção envolve o controle da pressão arterial, que deve ser mantida abaixo de 140 por 90 mmHg em consultórios e 130 por 80 mmHg em casa. Estilos de vida saudáveis, como atividade física regular e uma dieta equilibrada, são fundamentais. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que ajudem a melhorar o atendimento e a prevenção do AVC, beneficiando aqueles que mais precisam.

Transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, afetam a saúde mental e física de jovens, com prevalência alarmante de até 10% no Brasil. A pressão estética nas redes sociais intensifica esses problemas, exigindo atenção e tratamento multidisciplinar.

Cresce a preocupação com o aumento do câncer colorretal em jovens, evidenciado pela morte da cantora Preta Gil. Especialistas pedem urgência em programas de rastreamento no Brasil.

Crianças com sífilis congênita têm risco seis vezes maior de hospitalização, especialmente no primeiro mês de vida. A infecção materna também eleva os riscos, destacando a urgência de intervenções pré-natais.

A psiquiatra nutricional Uma Naidoo revela seis superalimentos que promovem a saúde mental, destacando especiarias, alimentos fermentados e chocolate amargo como essenciais para o bem-estar cerebral. A escolha adequada dos alimentos pode prevenir transtornos mentais e melhorar a memória, segundo pesquisas.
Mais de 27 milhões de alunos estão atualizando suas cadernetas de vacinação no Programa Saúde nas Escolas, com um aumento de 25% na adesão no Distrito Federal. A campanha vai até novembro.

Atletas masculinos de resistência intensa apresentam maior risco de aterosclerose coronariana, enquanto mulheres parecem ter proteção, segundo estudo do European Heart Journal. A prática regular de exercícios é ainda recomendada, mas check-ups são essenciais.