Saúde e Ciência

Novo medicamento protege a barreira hematoencefálica e traz esperança no combate ao Alzheimer

Pesquisadores da Case Western Reserve University desenvolveram o medicamento SW033291, que protege a barreira hematoencefálica e preserva funções cognitivas em modelos animais, oferecendo nova esperança no combate ao Alzheimer.

Atualizado em
June 9, 2025
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A Case Western Reserve University, nos Estados Unidos, anunciou o desenvolvimento de um novo medicamento experimental chamado SW033291, que promete trazer avanços significativos no tratamento do Alzheimer. Este composto se destaca por sua capacidade de proteger a barreira hematoencefálica e preservar funções cognitivas, mesmo após lesões cerebrais. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica PNAS, indicando um potencial inovador no combate a essa doença neurodegenerativa.

O SW033291 atua de maneira distinta em relação aos tratamentos convencionais, que geralmente se concentram na remoção da proteína beta-amiloide. Este novo medicamento inibe a enzima 15-PGDH, associada a processos inflamatórios no cérebro. Com essa abordagem, os pesquisadores conseguiram reduzir a inflamação cerebral, proteger o tecido cerebral contra a degeneração e preservar a cognição em modelos animais, mesmo após lesões.

O Alzheimer é uma condição progressiva que afeta a memória e outras funções cognitivas, sendo a principal causa de demência entre idosos no Brasil. Os sintomas iniciais incluem lapsos de memória e desorientação, que podem evoluir para dificuldades de comunicação e perda de autonomia. A proteção da barreira hematoencefálica é crucial, pois sua integridade é comprometida em situações de envelhecimento e doenças neurodegenerativas, aumentando o risco de inflamações e danos cerebrais.

O estudo também revelou que a enzima 15-PGDH é produzida em excesso em condições como o Alzheimer, o que compromete a barreira hematoencefálica e acelera a neurodegeneração. A pesquisa sobre o SW033291 representa uma nova esperança para pacientes, pois pode não apenas retardar a progressão da doença, mas também melhorar a qualidade de vida dos afetados.

Embora os resultados em modelos animais sejam promissores, novos testes clínicos em humanos são necessários para confirmar a eficácia e segurança do medicamento. A comunidade científica aguarda ansiosamente os próximos passos, que podem abrir portas para tratamentos mais eficazes contra o Alzheimer.

Iniciativas que buscam apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de novas terapias são fundamentais. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na luta contra o Alzheimer, promovendo projetos que visem a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.

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