Dona Nena, produtora de chocolate da Ilha do Combu, pleiteia uma mini-indústria para fortalecer a economia local e destaca a urgência da regularização fundiária para pequenos produtores na Amazônia. Ela representa a luta pela valorização do trabalho na floresta e a preservação ambiental na COP30.
Recentemente, Dona Nena, produtora de chocolate da Ilha do Combu, em Belém, expressou seu desejo por uma mini-indústria na comunidade. Ela destacou a importância da regularização fundiária para pequenos produtores e sua representação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Dona Nena, que produz chocolates orgânicos desde dois mil e seis, busca aumentar as oportunidades de emprego na floresta, evitando que a população local migre para a cidade em busca de trabalho.
A empresária, que comanda a fábrica Filha do Combu, já emprega dezesseis trabalhadores locais com carteira assinada. Em um encontro com a imprensa, ela afirmou: "Se não tem trabalho na floresta, as pessoas vão migrar para a cidade para trabalhar em subempregos". Dona Nena questiona até onde é possível fazer manejo sustentável na floresta, enfatizando a necessidade de agregar valor aos produtos locais.
Ela foi convidada pelo governo estadual para representar pequenos produtores da Amazônia na COP30, onde pretende levantar a bandeira do pequeno produtor. "Quero que nos levem a sério", disse. Dona Nena critica a falta de atenção do governo para com as necessidades da população ribeirinha, que muitas vezes é vista como "vadia", quando, na verdade, busca melhores condições de vida para suas famílias.
A questão da regularização fundiária é um dos principais obstáculos enfrentados pelos pequenos produtores na Amazônia. Dona Nena ressalta que a falta de posse registrada dificulta o acesso a financiamentos e créditos. "Não adianta lançar linhas de financiamento se o terreno não está legalizado", afirmou, destacando que muitos terrenos são considerados públicos, mesmo com ocupação de décadas.
A Ilha do Combu, localizada a quinze minutos de barco do centro de Belém, é um dos focos do projeto Capacita COP30, que visa capacitar a população local em serviços técnicos voltados ao turismo. Dona Nena espera que o governo reconheça a responsabilidade de apoiar a comunidade, oferecendo oportunidades e acesso a recursos que promovam o desenvolvimento sustentável.
Iniciativas como a de Dona Nena são fundamentais para o fortalecimento da economia local e a preservação da floresta. A união da sociedade civil pode ser crucial para garantir que pequenos produtores tenham acesso a recursos e oportunidades, promovendo um futuro mais sustentável e justo para todos.

A série de reportagens da GLOBO sobre povos indígenas isolados na Amazônia conquistou o 14º Prêmio GDA de Jornalismo, evidenciando a urgência na proteção dessas comunidades e a demarcação das terras Kawahiva em 2025.

O projeto "Ressignifica" da Universidade Federal Fluminense (UFF) já removeu mais de quatro toneladas de lixo do Rio João Mendes, transformando resíduos em biocarvão e adubo. A iniciativa, coordenada pela professora Dirlane de Fátima do Carmo, visa promover educação ambiental e engajamento da comunidade local, oferecendo alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de materiais.

O Índice de Programa Social (IPS) 2025 revela que o Pará apresenta a pior qualidade de vida do Brasil, com Belém na 22ª posição entre as capitais, destacando problemas como desmatamento e garimpo ilegal. Essa realidade será central nas discussões da COP30, que ocorrerá no estado.

A Mercur, empresa gaúcha centenária, lançou a primeira Borracha Nativa da Amazônia, com látex 100% sustentável e rastreabilidade via QR Code, expandindo seu projeto para Rondônia. A iniciativa visa gerar impacto positivo nas comunidades extrativistas e na preservação da floresta.

Censo 2022 revela que doze milhões de brasileiros habitam unidades de conservação, com 99% em áreas de uso sustentável. A população é majoritariamente negra e indígena, destacando a presença de quilombolas.

Licença do Ibama para obras na hidrovia Araguaia-Tocantins gera protestos de comunidades extrativistas e do Ministério Público Federal, que alegam ilegalidade e riscos à biodiversidade local. A remoção de rochas no Rio Tocantins ameaça modos de vida e espécies ameaçadas.