Impacto Social

Ecólogos conquistam regulamentação profissional e fortalecem atuação na conservação ambiental

Nova resolução do Conselho Federal de Biologia regulamenta a profissão de ecólogo no Brasil, permitindo atuação com respaldo técnico e ético na conservação ambiental. A Associação Brasileira de Ecólogos celebra a conquista.

Atualizado em
April 10, 2025
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ecólogoCAPA

A profissão de ecólogo no Brasil ganhou um importante reconhecimento com a nova resolução do Conselho Federal de Biologia (CFBio), que regulamenta a atuação desses profissionais. Essa mudança é um marco para a conservação ambiental, permitindo que os ecólogos atuem com respaldo técnico e ético, algo que não era possível anteriormente. O ecólogo Rafael Souza, vice-presidente da Associação Brasileira de Ecólogos (ABE), destaca que a atuação dos ecólogos é complementar à de biólogos e geólogos, sendo essencial para a investigação do mundo natural.

Historicamente, a regulamentação da profissão enfrentou desafios. Quatro projetos de lei foram apresentados nos últimos anos, mas todos falharam. O mais recente foi arquivado em 2022, e uma proposta anterior foi vetada pelo ex-presidente Lula. Após um diálogo renovado com o CFBio, surgiu a ideia de buscar o reconhecimento da profissão por meio de uma resolução, semelhante ao que ocorreu com a profissão de engenheiro florestal.

Em 22 de fevereiro de 2023, a nova resolução foi oficializada, permitindo que os ecólogos integrem o sistema do CFBio. Essa inclusão é crucial para que possam participar de avaliações de impacto ambiental e consultorias, áreas onde sua expertise é fundamental. Antes da regulamentação, os ecólogos não podiam ter uma assinatura de responsabilidade técnica, o que limitava suas oportunidades de trabalho e a criação de empresas de consultoria.

A presidente da ABE, Fernanda Meirelles, enfatiza que essa conquista representa um avanço significativo para a profissão. Com a regulamentação, os ecólogos podem exercer suas atividades com o respaldo necessário, fortalecendo a colaboração com biólogos na conservação da biodiversidade e na gestão ambiental. A Unesp, que criou o primeiro curso de ecologia do Brasil em 1976, também é citada como um exemplo de sucesso na formação de profissionais da área.

Fernanda Meirelles acredita que a regulamentação pode estimular a criação de novos cursos de ecologia, superando as dificuldades enfrentadas anteriormente. A nova resolução abre portas para que mais profissionais se formem e contribuam para a conservação ambiental, um campo que demanda cada vez mais especialistas qualificados.

Essa nova fase para a profissão de ecólogo é uma oportunidade para a sociedade civil se mobilizar em prol de iniciativas que promovam a educação e a formação de novos profissionais. A união em torno de projetos que valorizem a ecologia e a conservação pode fazer a diferença na construção de um futuro sustentável.

Jornal da UNESP
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