O Brasil avançou para 20,6% das matrículas em educação em tempo integral, mas cortes de R$ 4,8 bilhões pelo Congresso ameaçam a meta do Plano Nacional de Educação e a expansão de vagas.
O Brasil enfrenta desafios significativos na universalização da educação básica, com apenas 17,6% das matrículas em tempo integral em 2014. Em 2023, o Ministério da Educação (MEC) anunciou um aumento para 20,6%, mas o Congresso Nacional cortou R$ 4,8 bilhões do programa, comprometendo a expansão e as metas do Plano Nacional de Educação (PNE).
A educação em tempo integral oferece benefícios essenciais, como o desenvolvimento integral do indivíduo e o acesso a cultura, esporte e lazer, especialmente para estudantes em situação de vulnerabilidade. Apesar de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) priorizarem a educação básica desde a década de 1940, o Brasil só se aproximou da universalização do Ensino Fundamental em 2018, com 98% da população de 6 a 14 anos na escola.
Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) de 2022 mostraram um crescimento modesto, com 18,2% das matrículas em tempo integral. O crescimento de 2,4% em 2023, alcançando 20,6%, foi ofuscado pela decisão do Congresso de cortar recursos, o que coloca em risco a criação de 1,2 milhão de novas vagas e o alcance das metas do PNE.
O argumento para o corte foi que o financiamento da educação básica deve ser exclusivamente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). No entanto, especialistas afirmam que os recursos do programa tinham a finalidade de expandir a jornada escolar com metas definidas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional permite que os recursos públicos venham de diversas fontes, não apenas do Fundeb.
A realidade da educação básica no Brasil é marcada por um subfinanciamento crônico. Para garantir a universalização da educação para alunos de 4 a 17 anos, seria necessário um investimento adicional de cerca de R$ 103,5 bilhões por ano, o que representa aproximadamente 1,05% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022. O valor ideal de investimento em educação, segundo a legislação, é de 10% do PIB até 2024.
A decisão do Congresso de cortar os recursos revela uma desconexão com as necessidades da população. É fundamental refletir sobre que tipo de futuro estamos construindo ao negar oportunidades aos jovens mais vulneráveis. A união da sociedade civil pode ser um caminho para garantir que esses estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade e a um futuro melhor.
Inscrições abertas para o Curso de Gestão Cultural: Cultura e Território, que inicia em 26 de abril. A iniciativa, idealizada por Neri Silvestre, visa capacitar profissionais da cultura, promovendo autonomia e fortalecimento das comunidades. Com carga horária de 60 horas, o curso abordará leis de incentivo e controle social, entre outros temas.
Inscrições abertas para três cursos gratuitos da Jornada da Acessibilidade, promovidos pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), com foco em acessibilidade cultural, audiodescrição e Braille.
A era digital intensifica a desinformação e a superficialidade, alertam especialistas como Jonathan Haidt e Umberto Eco. A desigualdade cognitiva no Brasil exige educação crítica e letramento digital urgente.
CEEDV destaca no Dia Mundial do Livro a produção de materiais acessíveis. O Centro de Apoio Pedagógico transforma a leitura para alunos com deficiência visual, garantindo inclusão e qualidade no aprendizado.
Elma Reis, mediadora de leitura, transforma a autoestima de crianças com "Meu Crespo é de Rainha". A ONG Vaga Lume planeja cinco novas bibliotecas até 2025, impactando comunidades na Amazônia.
O 3º Encontro Internacional de Educação Midiática, realizado em Brasília, destacou a urgência de políticas públicas para proteger crianças e idosos da desinformação e crimes virtuais. Autoridades como a senadora Teresa Leitão e a secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Pilar Lacerda, enfatizaram a importância da educação midiática como ferramenta de segurança. O evento também premiou criadores de conteúdo educacional no Prêmio YouTube Educação Digital, reconhecendo iniciativas que promovem a educação acessível e de qualidade.