Impacto Social

Educação midiática se torna prioridade no Brasil com apoio de especialistas da Finlândia e Alemanha

Especialistas discutem a importância da Educação Midiática no Brasil, destacando sua relevância em tempos de desinformação e a necessidade de políticas públicas para formar educadores. A experiência de países como Finlândia e Alemanha serve de inspiração.

Atualizado em
June 26, 2025
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Foto: Reprodução

A Educação Midiática é um tema central nas discussões sobre formação cidadã, especialmente em um contexto global marcado pela desinformação. Recentemente, especialistas de países como Finlândia e Alemanha se reuniram no Brasil para debater a importância dessa educação, destacando a necessidade de políticas públicas e a capacitação de educadores para enfrentar os novos desafios, como a inteligência artificial. O Workshop Internacional de Especialistas em Educação Digital e Midiática, promovido pela Secretaria de Políticas Digitais, foi um espaço para troca de experiências e ideias sobre o tema.

Durante o evento, Leo Pekkala, vice-diretor do Instituto Nacional Finlandês de Audiovisual, enfatizou que a Educação Midiática deve ser entendida como uma ferramenta para conscientizar crianças e jovens sobre o funcionamento da mídia. Ele citou o professor David Buckingham, que critica a ideia de que o letramento midiático pode resolver todos os problemas sociais relacionados à mídia. A responsabilidade individual, segundo Pekkala, não deve ser a única solução para um problema que é, em essência, coletivo.

Na Finlândia, a Educação Midiática é apoiada por toda a sociedade, com uma forte confiança nas autoridades e na mídia. Já na Alemanha, essa educação está ligada à educação cívica, sendo vista como fundamental para a manutenção da democracia. Hanna Ramezani, assessora da Agência Alemã para Educação Cívica, destacou a diversidade de atores envolvidos, incluindo ONGs e instituições de mídia públicas, que promovem o letramento midiático de maneira integrada.

Ambos os países reconhecem que a Educação Midiática deve ser adaptada ao contexto local e às especificidades de cada público. Essa abordagem transversal dificulta a criação de uma escala única de avaliação, mas é essencial para o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia intelectual. Os especialistas concordam que a Educação Midiática empodera os estudantes, tornando-os mais seguros e menos vulneráveis à manipulação.

Com a crescente presença da inteligência artificial, os desafios se multiplicam. Hanna Ramezani ressaltou que a tecnologia deve ser aprendida na prática, o que representa um grande desafio para educadores. Além disso, os especialistas alertaram que os maiores beneficiados pela Educação Midiática costumam ser aqueles com mais privilégios socioeconômicos, o que demanda políticas específicas para alcançar populações vulneráveis.

A Educação Midiática se consolida como um instrumento essencial para a formação cidadã no século XXI, e sua implementação no Brasil está em andamento, com a criação da Estratégia Brasileira de Educação Midiática. A secretária adjunta da Secretaria de Políticas Digitais, Nina Santos, destacou a importância da formação de educadores e a inclusão do tema nas universidades. Projetos que visam promover a Educação Midiática podem ser fundamentais para garantir que todos tenham acesso a essa formação, contribuindo para uma sociedade mais informada e crítica.

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