Elinando Pereira, conhecido como Elinas, lança videoclipe da canção "Luiz Gama (Pra Que a Gente Reaja)", refletindo sobre a violência histórica e atual contra a juventude negra. A obra, que completa dez anos, destaca seu amadurecimento artístico e a luta por território.
Nascida durante o trajeto de ônibus entre Itapuã e Nazaré, em Salvador, a canção Luiz Gama (Pra Que a Gente Reaja) de Elinando Pereira, conhecido como Elinas, acaba de ganhar um videoclipe. Lançada há dez anos, a música é um samba-manifesto que aborda a violência histórica e sistêmica enfrentada pela juventude negra no Brasil. O videoclipe foi publicado no dia 21 de junho e está disponível no YouTube.
Elinas, que atualmente é aluno do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), destaca que a gravação do videoclipe reflete seu amadurecimento artístico e sua pesquisa sobre musicalidades afro-diaspóricas. A canção foi inspirada por eventos marcantes, como a Chacina do Cabula, onde doze jovens negros foram mortos pela Polícia Militar em 2015.
O compositor menciona que a música é um desabafo que articula denúncia, memória e inquietação. Ele afirma: “A música é um desabafo. Um desabafo de memórias que eu vivi ou presenciei.” Elinas, que cresceu em uma região periférica de Salvador, traz à tona suas experiências com a violência policial e a perda de parentes, convidando o público a reagir.
O termo “reaja” também remete aos movimentos da juventude negra em Salvador, como o “Reaja, ou Será Morto”. Elinas, que participa de coletivos de militância negra, vê a música e outras formas de arte como importantes ferramentas de denúncia contra o racismo institucional e outras violências de Estado. Sua mudança para São Paulo permitiu que ele percebesse conexões entre sua história e as trajetórias que estudou.
Elinas analisa as diferenças sonoras entre Salvador e São Paulo, ressaltando que na Bahia a música negra tem raízes religiosas, enquanto em São Paulo há uma forte influência do funk e hip-hop. Ele acredita que essas sonoridades refletem visões distintas de mundo e que a luta por território é o conflito central do presente, visível nas disputas por terras quilombolas e nas violências urbanas.
O artista menciona o assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola, como um exemplo das ameaças enfrentadas pela população negra. Ele reflete sobre a necessidade de abordar a ocupação do território como uma forma de controle. Projetos que promovem a valorização da cultura negra e a luta por direitos são essenciais e podem ser impulsionados pela sociedade civil, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e igualitário.
O Mapa da Desigualdade 2024 revela que Moema lidera em educação, saúde e segurança em São Paulo, enquanto Brasilândia apresenta os piores índices, evidenciando a persistente desigualdade na cidade.
A libertação de MC Poze do Rodo marca um novo capítulo de resistência da juventude periférica, que desafia estereótipos e busca reconhecimento em um Brasil que se recusa a ser invisível. A trajetória do artista simboliza um movimento coletivo de empoderamento e construção de identidade, evidenciando a desigualdade e a violência enfrentadas nas favelas. A cobertura midiática, focada em humilhações, ignora a complexidade da realidade, enquanto a juventude se afirma como protagonista de sua própria história.
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A empresa X anunciou o lançamento de uma linha de produtos sustentáveis, com preços e data definidos, além de firmar parceria com a ONG Y para promover educação ambiental nas escolas.
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