Estudo da USP revela que a economia azul no Brasil representa 2,91% do PIB e 1,07% do emprego, destacando sua interconexão com cadeias econômicas internas e a necessidade de políticas integradas.
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que a economia azul, que abrange atividades econômicas ligadas aos recursos marinhos, representa 2,91% do Produto Interno Bruto (PIB) e 1,07% do emprego nacional. Os pesquisadores Eduardo Haddad e Inácio Araújo mapearam os impactos diretos e indiretos dessas atividades, destacando a interconexão entre o litoral e o interior do Brasil. O artigo foi publicado no periódico Ocean Sustainability.
O estudo utilizou um modelo inter-regional de insumo-produto, permitindo uma análise detalhada da economia do mar. Segundo Haddad, a pesquisa trouxe uma inovação ao mensurar a economia do mar, enfatizando a dimensão geográfica e as conexões da estrutura produtiva. O setor de extração de petróleo e gás natural é o mais relevante, contribuindo com 60,4% do PIB azul, seguido por administração pública e defesa (7,4%) e armazenagem e transporte (7,3%).
Ao considerar os efeitos indiretos, o impacto da economia azul sobe para 6,39% do PIB e 4,45% do emprego. Haddad explica que a interconexão econômica é tão profunda que a retirada de uma atividade ligada ao mar, como a pesca, afeta toda a cadeia de valor. Essa dinâmica mostra como a economia do mar se estende até regiões distantes, como Minas Gerais.
A pesquisa também revelou que a economia azul está concentrada na região Sudeste, onde Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo respondem por 82% da produção direta. No entanto, há especializações regionais, com o Nordeste se destacando em turismo costeiro e pesca artesanal. Haddad ressalta que a importância da economia do mar varia conforme a região, com o petróleo predominando no Rio de Janeiro e o turismo e a pesca no Ceará.
Os autores do estudo destacam a necessidade de superar a fragmentação das políticas marítimas no Brasil. Apesar de existirem políticas específicas, a articulação entre elas ainda é ineficaz para promover um desenvolvimento sustentável. A abordagem integrada adotada na pesquisa mede não apenas os efeitos diretos, mas também as interações com outras atividades econômicas, permitindo um melhor ajuste das políticas públicas às realidades locais.
A metodologia desenvolvida já está sendo aplicada em outras regiões, como Ilha da Madeira e Açores. A pesquisa visa contribuir para decisões ambientais e econômicas mais justas e eficazes. Em um contexto onde a economia azul é vital, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a valorização dos recursos marinhos.
Operação do Ibama e IMA-SC no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro resulta na apreensão de 101 aves silvestres e multas que ultrapassam R$ 200 mil. Ação combate tráfico e protege espécies ameaçadas.
Homem retira rede de pesca presa a baleia-franca em Palhoça (SC) sem autorização do Ibama, que investiga possíveis danos ao animal e pode multá-lo em R$ 2.500,00 por violação das normas de resgate.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil anunciou o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% e de biodiesel no diesel para 15%, com início em agosto de 2025. Essa medida, esperada pelo mercado, deve impulsionar os preços das commodities e reforçar o compromisso do governo com combustíveis renováveis. A expectativa é que a demanda por biodiesel cresça em 3,1%, enquanto o etanol pode equilibrar o mercado, especialmente com a produção de etanol de milho no Centro-Oeste.
Criptomoedas, como o Bitcoin, enfrentam críticas pelo alto consumo energético da mineração, mas novas abordagens, como a Prova de Participação e o uso de energia renovável, oferecem soluções sustentáveis. O Brasil, com sua matriz energética limpa, pode se destacar, embora desafios regulatórios ainda persistam.
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