A economia do Rio Grande do Sul, após um crescimento de 4,9% em 2024, enfrenta novos desafios em 2025 devido à estiagem que afeta a produção de soja, prevendo-se um crescimento de apenas 1%.
Após as enchentes históricas que devastaram o Rio Grande do Sul em 2024, a economia do estado apresentou uma recuperação significativa, com um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,9%. Esse resultado foi impulsionado pela recuperação da safra, que ocorreu antes das inundações, além de transferências de renda que beneficiaram o comércio e a construção civil. No entanto, a situação climática em 2025 trouxe novos desafios, com a estiagem afetando a produção de soja e outros setores.
O economista Marcos Lelis, professor da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), destacou que os eventos climáticos têm um impacto duradouro na economia gaúcha. Ele alertou que a quebra de safra na soja, principal produto agrícola do estado, pode gerar efeitos negativos em setores como a indústria de máquinas e o comércio. A estiagem já provocou perdas significativas na agropecuária durante o verão, o que pode desacelerar o crescimento do PIB para cerca de 1% em 2025.
Martinho Lazzari, pesquisador do DEE (Departamento de Economia e Estatística), também apontou que a expectativa para 2025 é de um crescimento menor. Ele afirmou que o comércio, que se beneficiou das compras para recompor bens perdidos nas enchentes, deve perder força, uma vez que esse tipo de consumo tem limites. A previsão é de uma redução de 25,7% na produção de soja e de 8% na produção total de grãos, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Além das dificuldades climáticas, a recuperação econômica do estado ainda enfrenta desafios estruturais. O economista-chefe do Sistema Farsul, Antonio da Luz, ressaltou que o agronegócio perdeu R$ 319,1 bilhões entre 2020 e 2024 devido a estiagens, um valor que representa quase metade do PIB local de 2023. A volatilidade econômica, com crescimento de 4,9% em um ano e previsão de apenas 1% no seguinte, reflete a fragilidade do setor diante de eventos climáticos constantes.
Em fevereiro de 2025, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrou quase 2,9 milhões de empregos com carteira assinada, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês de 2024. Apesar da recuperação rápida, ainda existem feridas abertas, como a necessidade de recuperação de infraestrutura danificada. O secretário do governo federal para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, acredita que a construção de moradias e obras de proteção a enchentes poderão estimular a economia local.
Com a série Reconstrução Gaúcha, o Portal V acompanha os desafios enfrentados pelo estado após as enchentes. A situação atual exige união e solidariedade da sociedade civil para apoiar aqueles que ainda sofrem com os efeitos das catástrofes climáticas. Projetos que visam ajudar as vítimas e promover a recuperação das comunidades devem ser incentivados, pois a colaboração pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que ainda enfrentam dificuldades.
Onças-pardas enfrentam alta mortalidade em São Paulo, com 47 atropelamentos anuais. Avistamentos recentes em Mairiporã e resgates em Assis destacam a urgência de medidas de conservação.
A escassez de água e a presença de contaminantes emergentes na água doce são problemas crescentes, especialmente em países em desenvolvimento, conforme revela um dossiê da revista Frontiers in Water. O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner destaca que a água, essencial à vida, enfrenta desafios como a privatização e a deterioração da qualidade, afetando bilhões de pessoas. A falta de monitoramento e regulamentação de poluentes, como pesticidas e medicamentos, agrava a situação, exigindo ações urgentes para garantir água potável e de qualidade.
A Apib destaca a demarcação de terras indígenas como crucial para o clima. Celebridades apoiam a causa, alertando sobre ameaças e consequências ambientais.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) frustrou um desmatamento ilegal em uma Área de Preservação Permanente no Setor Habitacional Arniqueiras, detendo o operador do trator. A ação foi resultado de uma denúncia recebida durante o patrulhamento.
Indígenas de várias partes do mundo se uniram em Brasília para o Acampamento Terra Livre, visando fortalecer sua voz na COP 30 e se opor à exploração de combustíveis fósseis.
A Conferência dos Oceanos, em junho, será crucial para as negociações climáticas da COP30 em Belém, destacando a urgência de integrar oceanos e biodiversidade nas discussões. David Obura, chairman da IPBES, alerta sobre a perda de serviços ecossistêmicos e a necessidade de decisões imediatas para evitar danos irreversíveis.