A exposição "Superfine: Tailoring Black Style" no Met Costume Institute revela a evolução do dandyismo negro, destacando sua transformação de símbolo de escravidão a expressão de identidade e resistência. A mostra, que abre ao público em dez de maio, explora mais de três séculos de representações artísticas, evidenciando a complexidade da moda e da cultura negra na arte europeia.

A exposição "Superfine: Tailoring Black Style", que será inaugurada no Met Costume Institute em 10 de maio, examina a evolução do dandyismo negro ao longo de mais de três séculos. A mostra destaca como as representações artísticas de figuras negras, que antes simbolizavam status e hierarquia racial, se transformaram em símbolos de identidade e resistência. O evento é inspirado no livro da historiadora Monica L. Miller, que explora a complexidade do dandyismo negro e suas implicações sociais e culturais.
Um dos destaques da exposição é o retrato de um jovem negro, pintado em mil setecentos e cinquenta e oito, que ilustra a relação entre o oficial da marinha Louis-Armand-Constantin de Rohan e seu servo escravizado, Roch Aza. A pintura, que mostra o jovem em vestimentas luxuosas, reflete a prática comum da época de adornar os escravizados com roupas elegantes, uma forma de ostentação dos seus proprietários. A inclusão de figuras negras em retratos aristocráticos servia para reforçar a imagem de poder e cosmopolitismo dos brancos.
As representações de figuras negras na arte do século XVIII frequentemente apresentavam uma hierarquia racial, onde os negros eram mostrados como acessórios dos brancos. Apesar de estarem vestidos de forma elegante, suas expressões eram muitas vezes obscurecidas, reforçando a desumanização. A exposição "Superfine" reúne cerca de doze obras que ilustram essa evolução, incluindo pinturas, fotografias e objetos decorativos, mostrando como o dandyismo negro se tornou uma forma de autoafirmação e resistência cultural.
A transformação do dandyismo negro é evidente na trajetória de figuras como Julius Soubise, um famoso dandy do século XVIII, que desafiou as normas sociais de sua época. A exposição também aborda como, após a emancipação, muitos negros começaram a reivindicar sua identidade e a usar a moda como uma forma de expressão e empoderamento. O dandyismo, que antes era imposto, passou a ser uma escolha consciente, refletindo a luta por dignidade e reconhecimento.
Além disso, a mostra inclui obras contemporâneas que dialogam com esse legado, como a série "Sartorial Anarchy" de Iké Udé, que reinterpreta a estética do dandyismo negro em um contexto moderno. A exposição não apenas celebra a história do dandyismo, mas também questiona as representações raciais na arte e na moda, propondo uma nova narrativa que valoriza a dignidade e a beleza dos indivíduos negros.
Iniciativas como a "Superfine" são essenciais para promover a discussão sobre a representação e a identidade negra na arte. A sociedade civil pode se unir para apoiar projetos que visem a valorização da cultura e da história afro-brasileira, contribuindo para um futuro mais inclusivo e representativo. Através do apoio a essas iniciativas, podemos ajudar a resgatar e celebrar a rica herança cultural que muitas vezes foi marginalizada.

Lea Maria, humorista alemã no Brasil, apresenta o espetáculo "Alemalandra", abordando relacionamentos e empoderamento feminino após seu divórcio em 2023. Ela se muda para o Rio em maio.

No dia 05 de julho de 2025, Lígia Helena lançará dois livros na Casa da Palavra, em Santo André, abordando a adolescência periférica e a pedagogia do afeto. O evento contará com apresentações de educadores e música ao vivo.

A captação de recursos via Lei Rouanet superou R$ 1 bilhão, 45 dias antes do que no ano passado. A expectativa é que dezembro traga quase metade do total anual, reforçando o apoio à cultura.

O Festival de Brasília, de 12 a 20 de setembro, exibirá 80 filmes e homenageará Fernanda Montenegro, celebrando os 60 anos do evento. Novidades incluem parcerias e concursos.

O projeto "Só Taguá Tem" promove encontros para valorizar a cultura de Taguatinga. Iniciado em 10 de abril, o projeto, realizado pelo Iphan e Instituto SOMA Cidadania Criativa, busca envolver a comunidade em diálogos sobre suas tradições e memórias. Os próximos encontros ocorrerão nos dias 23, 26 e 28 de abril, com participação gratuita e sem necessidade de inscrição.

O Cine Paissandu reabre neste sábado (16) com a mostra “Caverna fantasma”, de Manoela Cezar, que apresenta videoinstalações refletindo a nova relação do espaço com os carros. O local, que já foi um cinema sofisticado, agora é um estacionamento, e as obras buscam resgatar sua identidade. A artista propõe uma reflexão sobre abandono e futuro, transformando carros em novos espectadores. A visitação é gratuita, de quarta a domingo, até 31 de agosto.