O Dia Nacional da Mulher Sambista, celebrado em 13 de abril, homenageia a contribuição feminina no samba. Quitéria Chagas, figura central na criação da data, destacou a luta por reconhecimento e equidade no gênero. O evento na quadra do Império Serrano incluiu roda de samba, feira de artesanato e o lançamento de seu livro autobiográfico. A programação reafirma a importância de ampliar a voz e o espaço das mulheres na história do samba.
O Dia Nacional da Mulher Sambista, celebrado em 13 de abril, foi instituído por lei com o apoio de Quitéria Chagas. A data homenageia a trajetória de Dona Ivone Lara, uma das maiores referências do samba e a primeira mulher a assinar um samba-enredo no carnaval carioca. A quadra do Império Serrano, em Madureira, foi o local escolhido para as celebrações, destacando a importância da presença feminina no samba e a luta por maior inclusão e diversidade nesse universo.
Durante o evento, Quitéria Chagas, reconhecida como um ícone do carnaval e a primeira rainha de bateria a lançar um livro, enfatizou a necessidade de reconhecimento das mulheres no samba. Ela afirmou: "Durante muito tempo, as mulheres no samba foram vistas de forma objetificada. Mas sempre fomos protagonistas." Quitéria ressaltou que o samba é uma expressão cultural que nasceu das mãos e vozes das mulheres, e que o reconhecimento é fundamental para a valorização desse legado.
A programação do evento incluiu uma roda de samba, uma feira de artesanato e debates sobre o papel da mulher no samba. O lançamento do livro autobiográfico de Quitéria, intitulado Quitéria Chagas do Carnaval para o Mundo: A Rainha que Quebrou Barreiras, também foi um destaque. Publicado pela editora Rubi, o livro narra a trajetória de luta e resistência das mulheres negras no samba, um aspecto frequentemente negligenciado.
Quitéria Chagas também abordou a dimensão econômica da valorização feminina no samba, afirmando: "A gente precisa gerar receita para a gente. Não basta estar no centro da avenida se não estivermos no centro das decisões e também na partilha do que o samba movimenta." Apesar dos avanços, ela reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a equidade de gênero no carnaval e na cultura do samba.
Ela destacou que, embora hoje haja mais mulheres negras ocupando posições de destaque, como rainhas de bateria e em campanhas publicitárias, essa realidade é recente. "Quando entrei, isso não existia," afirmou Quitéria, refletindo sobre as mudanças que ocorreram ao longo dos anos. O evento foi um marco para reafirmar a luta por um espaço mais justo e igualitário para as mulheres no samba.
O Dia Nacional da Mulher Sambista não é apenas uma comemoração, mas um chamado à ação para ampliar o espaço de fala e criação das mulheres que constroem a história do samba no Brasil. Nessa luta, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a valorização e o reconhecimento das mulheres no samba, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
Milton Cunha assume a reitoria da Universidade Livre do Carnaval de Maricá em 16 de maio, ao lado de Evelyn Bastos. A instituição oferecerá mais de 60 formações e, futuramente, cursos superiores.
Resultado final do Edital Pnab 2025 foi divulgado, com proponentes classificados e suplentes. Documentação deve ser apresentada entre 9 e 15 de abril. Suplentes poderão ser convocados.
Bares tradicionais da Asa Norte, Baóbar e Pardim, tiveram seus alvarás para música ao vivo cassados pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) devido a reincidências em poluição sonora. Artistas e frequentadores reagem com indignação, considerando a ação uma repressão cultural. O Baóbar, que promove o projeto Samba Nosso, e o Pardim, famoso por suas rodas de MPB, enfrentam restrições severas, enquanto alegam seguir normas de volume. Ambos aguardam desdobramentos legais.
Conceição Evaristo, renomada escritora brasileira, está escrevendo um romance que entrelaça suas memórias com o diário de sua mãe, Joana Josefina, e fundou a Casa Escrevivência no Rio. A autora reflete sobre sua trajetória e a luta por reconhecimento na literatura.
- Felipe Brito descobriu documentos que confirmam a existência de Maria Felipa. - Ele é uma figura influente na revalorização da história da Ilha de Itaparica. - Brito colabora com a banda Baianasystem, integrando cultura e música. - Seu trabalho promove a preservação ambiental e a memória cultural local. - Ele desafia estereótipos de historiadores, inspirando jovens a pesquisar suas histórias.
Festival É Tudo Verdade celebra 30 anos com 85 documentários gratuitos em São Paulo e Rio de Janeiro, promovendo reflexão e combate às fake news. Amir Labaki destaca a evolução do gênero.