Impacto Social

Fábio Félix defende políticas públicas contra a LGBTfobia nas escolas durante entrevista ao CB.Poder

O deputado distrital Fábio Félix (PSOL) alertou sobre a alta discriminação por orientação sexual nas escolas e pediu políticas públicas eficazes para combater a LGBTfobia. Dados mostram que 32,4% dos alunos enfrentam discriminação.

Atualizado em
June 24, 2025
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Deputado distrital Fábio Félix alerta sobre bullying escolar por LGBTFOBIA - (crédito: Bruna Gaston CB/DA Press)

O deputado distrital Fábio Félix (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, participou de uma entrevista no CB.Poder, onde abordou a grave questão da LGBTfobia nas escolas. Durante a conversa, Félix apresentou dados preocupantes de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa (IPEDF), que revela que 32,4% dos alunos enfrentam discriminação por orientação sexual, enquanto até 60% dos professores relatam preconceito no ambiente escolar.

Félix destacou que o termo "bullying" muitas vezes não capta a seriedade da violência que crianças e adolescentes sofrem nas escolas. Ele enfatizou que a LGBTfobia se manifesta de várias maneiras, incluindo o isolamento social, que pode ser tão prejudicial quanto a agressão física. "Muitas vezes não é um tapa na cara que você leva, mas o isolamento social dentro da sala de aula", afirmou o deputado.

O parlamentar também mencionou as dificuldades que professores enfrentam ao abordar a diversidade sexual, especialmente em um contexto de polarização política que busca silenciar debates essenciais. "Estamos em um momento de muita irracionalidade política, em que muitas pessoas querem proibir a diversidade nos colégios", disse Félix, ressaltando a importância do ambiente escolar para discussões sobre o tema.

Como parte de suas iniciativas, Félix citou a cartilha "Escola de todas as cores", desenvolvida pela Comissão de Direitos Humanos, que oferece informações sobre como combater a discriminação LGBTfóbica e orientações para discutir o assunto em sala de aula. Ele reforçou que a gestão da educação deve responder urgentemente a essa questão, dada a gravidade dos dados apresentados.

O deputado também abordou a violência estrutural que permeia as relações sociais, afirmando que a família, embora um espaço de acolhimento, também pode ser um local de divergências. "Se a família tem condições, ela deve orientar seus filhos e não permitir que o filho discrimine as outras pessoas", concluiu.

Essas discussões são fundamentais para promover um ambiente escolar mais inclusivo e seguro. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem combater a discriminação e promover a diversidade nas escolas, ajudando a transformar a realidade enfrentada por muitos jovens.

Correio Braziliense
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