Pacientes com esclerose múltipla enfrentam desabastecimento do fumarato de dimetila, essencial para o tratamento. O Ministério da Saúde promete novas entregas, mas muitos estados ainda carecem do medicamento.

O fumarato de dimetila, medicamento de alto custo utilizado no tratamento da esclerose múltipla remitente recorrente, enfrenta desabastecimento em diversas regiões do Brasil. Desde abril, pacientes relatam dificuldades para obter o remédio, que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2019. O Ministério da Saúde anunciou o envio de novas unidades, mas muitos estados ainda não possuem estoque suficiente.
O custo do fumarato de dimetila varia entre R$ 1.200 e R$ 9.000, dependendo do fornecedor e da dosagem. Ana Paula Morais da Silva, presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla (Apemigos), enfatiza que o medicamento é crucial para a estabilização da doença. Sem ele, os pacientes correm o risco de novos surtos, que podem resultar em lesões permanentes.
Juliana Teixeira, diagnosticada há doze anos, está sem o tratamento desde o início de abril. Ela relata que o fumarato de dimetila melhorou sua qualidade de vida, evitando surtos. No entanto, a falta do medicamento a preocupa, pois pode afetar sua capacidade de trabalhar e cuidar da filha. A situação é semelhante em outros estados, onde a falta do remédio é generalizada.
O Ministério da Saúde informou que a distribuição do medicamento é centralizada e que a falta se deve a dificuldades de aquisição junto ao fabricante. Enquanto isso, alternativas como betainterferona e teriflunomida estão disponíveis, mas nem todos os pacientes podem utilizá-las. O neurologista Guilherme Sciascia do Olival alerta que a interrupção do tratamento pode levar a surtos graves, com consequências sérias para a saúde dos pacientes.
Em resposta à crise, alguns pacientes têm recorrido a doações de medicamentos que estavam disponíveis anteriormente. Renata Tietböhl Friedl, diagnosticada em 2020, conseguiu uma caixa do remédio por meio de seu médico, mas teme pela continuidade do tratamento. A falta de informações sobre a previsão de reposição do medicamento aumenta a ansiedade entre os pacientes.
Nesta situação crítica, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar pacientes em tratamento de esclerose múltipla são essenciais para garantir que todos tenham acesso ao tratamento necessário. A mobilização em torno dessa causa pode ajudar a minimizar os impactos do desabastecimento e promover a saúde e o bem-estar de muitos brasileiros.

A região noroeste de Minas Gerais agora conta com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica no Hospital Municipal de Unaí, um avanço crucial para a saúde infantil local. Com capacidade para seis pacientes e uma equipe de 30 profissionais, a unidade foi inaugurada com apoio do governo do Estado, que investiu cerca de R$ 1 milhão em equipamentos. Essa conquista representa um marco na descentralização do atendimento intensivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo uma demanda urgente da população.

Mudanças simples na rotina podem evitar até 45% dos casos de demência, segundo neurologistas. Medidas como uso de capacetes e cuidados auditivos são essenciais para a saúde cerebral.

A Anvisa autorizou a primeira vacina contra chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan e Valneva, para adultos acima de dezoito anos. O imunizante, já aprovado nos EUA e na União Europeia, demonstrou alta eficácia em estudos clínicos, com 98,9% de produção de anticorpos. A vacina, que utiliza vírus vivo atenuado, será fabricada na Alemanha, com planos de produção no Brasil. A disponibilização ao público ainda não tem data definida, mas o Butantan planeja vacinar prioritariamente residentes de áreas endêmicas.

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é uma estratégia eficaz contra o HIV, disponível no SUS desde 2017, mas o aumento de casos entre jovens de 15 a 29 anos é preocupante, exigindo atenção urgente.

Estudo recente aponta que o canabidiol (CBD) reduz em 41% as crises epilépticas em pacientes com epilepsia refratária, reforçando a urgência de sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa, liderada por Bruno Fernandes Santos da Faculdade de Medicina da USP, destaca a eficácia do CBD em comparação com medicamentos convencionais, que apresentam uma redução média de apenas 18,1%. Apesar das evidências, a falta de um plano federal limita o acesso ao tratamento, que já é disponibilizado em alguns estados.

A 5ª Promotoria de Justiça do MPRJ firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Estado do Rio e o PCS Lab para indenizar vítimas de transplantes de órgãos contaminados com HIV. O acordo prevê reparação e acompanhamento médico contínuo.