A falta de vagas em clínicas de hemodiálise resulta em internações desnecessárias em hospitais públicos, com pacientes como Arnaldo e Lindomar aguardando tratamento. A Secretária de Saúde de Goiás promete encaminhamentos a partir de sexta-feira.

A escassez de vagas em clínicas de hemodiálise tem gerado internações desnecessárias em hospitais públicos, sobrecarregando o sistema de saúde. O paciente Arnaldo está internado há quase um mês em Goiânia, necessitando de sessões de hemodiálise duas vezes por semana devido à insuficiência renal crônica. Atualmente, setenta e três pessoas ocupam leitos em unidades públicas de saúde em Goiás por falta de vagas nas clínicas especializadas.
Outro caso é o de Norberto, que, aos noventa e três anos, está há dois meses internado sem necessidade. A hemodiálise é um tratamento essencial para mais de cento e setenta e dois mil brasileiros com doenças renais crônicas ou graves. No Brasil, novecentas e quatro clínicas oferecem esse tratamento, sendo a maioria particular e conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que mais de mil pessoas dependentes de hemodiálise estão internadas em hospitais, ocupando leitos sem indicação médica. O tratamento adequado deve ser realizado em clínicas especializadas. A entidade ressalta que os recursos do governo federal são insuficientes para que as clínicas particulares ampliem suas vagas, uma vez que o valor pago por sessão, de R$ 240,00, não cobre os custos reais, que deveriam ser de R$ 347,00.
O diretor de Atenção Especializada do Ministério da Saúde informou que a tabela da rede pública está em revisão. Lindomar, que completa sessenta dias em uma UTI, deve iniciar o tratamento em uma clínica de hemodiálise na próxima terça-feira. A Secretária de Saúde de Goiás anunciou que, a partir de sexta-feira, outros pacientes serão encaminhados para clínicas.
Essa situação evidencia a necessidade urgente de melhorias no sistema de saúde, especialmente no que diz respeito ao tratamento de doenças renais. A falta de vagas em clínicas de hemodiálise não só prejudica a saúde dos pacientes, mas também sobrecarrega o sistema público, que já enfrenta desafios significativos.
Iniciativas que busquem apoiar a ampliação de vagas em clínicas de hemodiálise podem fazer a diferença na vida de muitos pacientes. A união da sociedade civil pode contribuir para que mais pessoas tenham acesso ao tratamento adequado e necessário, evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida dos afetados.

Uma pesquisa recente indica que a eliminação de hipertensão, diabetes e tabagismo poderia prevenir até 44% dos casos de demência antes dos 80 anos, destacando a importância de políticas de saúde preventiva. O estudo, publicado no JAMA Neurology, analisou dados de mais de 12 mil adultos e revelou que o impacto desses fatores de risco aumenta com a idade, especialmente entre 65 e 74 anos. Especialistas ressaltam a robustez da metodologia, mas alertam para limitações, como a falta de análise de outras variáveis que também influenciam o risco de demência.

Pesquisadores da Weill Cornell Medicine descobriram uma combinação de medicamentos que inibe o crescimento de células cancerígenas no câncer de ovário, mostrando-se promissora em testes pré-clínicos. Essa nova abordagem pode oferecer uma alternativa mais eficaz aos tratamentos convencionais, especialmente para casos recorrentes ou resistentes à quimioterapia.

Anvisa aprova vacina contra chikungunya; Ministério da Saúde busca inclusão no SUS. A primeira vacina contra a chikungunya, desenvolvida pela Valneva e Instituto Butantan, foi aprovada pela Anvisa. O Ministério da Saúde solicitará sua incorporação ao SUS, visando imunizar adultos a partir dos 18 anos. A vacina demonstrou alta eficácia em estudos clínicos e poderá ser produzida localmente, reduzindo custos. A chikungunya, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, já causou mais de 68 mil casos no Brasil desde 2014.

Estudo da USP revela que consumo de oito doses ou mais de álcool por semana está associado a lesões cerebrais e aumento do risco de demência. Pesquisadores alertam para os danos à saúde cognitiva.

Pesquisadores do Banco de Cérebros da USP revelam depósitos de proteínas do Alzheimer em cérebros de pessoas na faixa dos 30 anos, destacando a necessidade de prevenção precoce da demência. A descoberta, que desafia a visão tradicional sobre a idade de início da doença, reforça a importância da educação e do controle de fatores de risco como hipertensão e diabetes.

O câncer de fígado, frequentemente silencioso, pode ser diagnosticado precocemente, aumentando as chances de tratamento eficaz. O consumo excessivo de álcool é um fator de risco significativo, exigindo atenção à saúde.