A 23ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) atraiu mais de 34 mil participantes, destacando discussões sobre feminicídio e racismo, além de homenagens a Paulo Leminski. O evento reforçou a importância da literatura engajada e a presença de editoras independentes.

A 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) atraiu mais de 34 mil participantes, destacando-se por discussões políticas e a presença de autores renomados. O evento, que ocorreu em Paraty, renovou a tradição de transformar escritores em popstars, com a participação de figuras como Valter Hugo Mãe, Rosa Montero e Sandro Veronesi. A curadoria, sob a responsabilidade de Ana Lima Cecilio, promoveu mesas sobre temas urgentes, como feminicídio e racismo, além de melhorar a participação de editoras independentes.
O escritor português Valter Hugo Mãe, que buscou ser discreto, foi abordado por fãs nas ruas, demonstrando o impacto que a Flip tem na popularidade dos autores. Após um dia intenso de autógrafos, ele se retirou cedo, evidenciando o cansaço. A programação incluiu homenagens a Paulo Leminski e debates sobre questões sociais, com um público que levou para casa cerca de 19 mil livros, um aumento de dez por cento em relação ao ano anterior.
As mesas literárias funcionaram bem, com destaque para a que reuniu as poetas Alice Ruiz, Marília Garcia e Claudia Roquette-Pinto, que animaram o público. As escritoras Dolores Reyes e Dahlia de la Cerda também foram aplaudidas por suas falas sobre a condição feminina na América Latina, abordando temas como feminicídio e solidariedade. A curadoria se destacou por promover discussões políticas, refletindo a atualidade e a relevância dos temas abordados.
O evento também foi marcado por uma forte presença política, com mesas que discutiram racismo e conflitos internacionais. O historiador israelense Ilan Pappe, que abordou a situação na Palestina, enfrentou pressões para cancelar sua palestra, mas a organização decidiu mantê-la. A presença de segurança foi intensificada, seguindo recomendações das autoridades, o que gerou um ambiente de tensão, mas também de responsabilidade.
A mesa com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi um dos momentos mais emocionantes do evento, onde ela discutiu desafios ambientais e homenageou ambientalistas assassinados. A curadora Ana Lima Cecilio fez um discurso político, destacando a importância de abordar questões sociais e ambientais, o que foi bem recebido pelo público, que demonstrou apoio às mesas engajadas.
A Flip também se reconciliou com editoras independentes, que tiveram uma localização mais estratégica para seus estandes, resultando em um movimento mais positivo. O evento, que voltou a ser realizado no inverno, enfrentou desafios climáticos, mas a organização se mostrou preparada. A união em torno de causas sociais e culturais é essencial, e iniciativas que promovam a literatura e a discussão de temas relevantes devem ser apoiadas pela sociedade civil.

O Palácio Gustavo Capanema reabre em 20 de maio após R$ 84,3 milhões em reformas, com um novo espaço cultural e a biblioteca Euclides da Cunha, destacando sua importância modernista.

Uma produtora de São Paulo obteve autorização para captar R$ 3,5 milhões via Lei Rouanet para um musical sobre Raul Seixas, que completará 80 anos em 2025. O espetáculo "Raul — Isso a Rádio Não Toca" contará com a atuação de Nelito Reis e a participação de Sylvio Passos, celebrando o legado do roqueiro em um ambiente que recria a atmosfera de um bar.

Netflix investe R$ 5 milhões na reforma da Sala Oscarito da Cinemateca Brasileira, em parceria com o BNDES, totalizando R$ 15 milhões. A revitalização visa modernizar a infraestrutura e preservar a memória audiovisual.

Estão abertas as inscrições para a seletiva do Balé Flor do Cerrado até 15 de julho, com testes em 19 de julho. O festival O Maior São João do Cerrado ocorrerá de 13 a 17 de agosto de 2025, na Esplanada dos Ministérios.

A exposição "Cazuza Exagerado" será inaugurada no Shopping Leblon, oferecendo uma experiência sensorial com tecnologia e acervo inédito que celebra a vida e obra do cantor. A mostra, com curadoria de Ramon Nunes Mello e Lucinha Araújo, inclui itens raros e interações que relembram a trajetória intensa de Cazuza, marcada por sua vivência no Leblon. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 40, e a exposição promete uma imersão na história do artista e na música brasileira.

A Orquestra Petrobras Sinfônica lança o I Concurso de Regência Maestro Isaac Karabtchevsky, voltado a maestros brasileiros de 18 a 45 anos, com prêmios em dinheiro e regência de concertos. As inscrições vão até 4 de julho.