Festival Feira Preta, maior evento de cultura negra da América Latina, foi cancelado por falta de patrocínio, evidenciando a negligência das empresas em explorar o mercado negro.
O cancelamento do Festival Feira Preta, o maior evento de cultura negra e economia criativa da América Latina, ocorreu devido à falta de patrocínio. Esse fato revela a negligência das empresas em reconhecer o potencial do mercado consumidor negro, que representa 55,5% da população brasileira. Na última edição, o festival movimentou milhões de reais e reuniu mais de uma centena de empreendedores negros, mas isso não foi suficiente para garantir apoio financeiro para este ano.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra movimenta R$ 1,46 trilhão anualmente, conforme pesquisa do Preta Hub, Instituto MAS Pesquisa e Oralab. Apesar desse poder de compra, a oferta de produtos e serviços voltados para esse público ainda é insuficiente. Famílias negras enfrentam dificuldades para encontrar produtos afro, e mulheres negras, em especial, têm desafios para achar cosméticos adequados a seus tons de pele.
Embora tenha havido avanços, como o surgimento de linhas de produtos que valorizam a negritude, ainda é pouco diante do tamanho do mercado. Existe uma barreira ideológica que impede as empresas de enxergar o componente racial como uma oportunidade de negócio. O foco deve ser em estratégias que atendam às necessidades dos consumidores negros, não apenas em compromissos sociais.
Histórias de sucesso nos Estados Unidos, como a de Madam C. J. Walker, mostram que atender a demanda de mercado pode ser lucrativo. Walker, uma filha de escravizados emancipados, criou produtos para cuidados de cabelo de mulheres negras e, em poucos anos, construiu um império da beleza, tornando-se a primeira mulher negra milionária do país. Sua trajetória é um exemplo de como o reconhecimento das necessidades de um público específico pode gerar grandes resultados.
Outro exemplo é a Pepsi-Cola, que, na década de 1940, apostou no poder de compra da população negra. A empresa contratou executivos negros e lançou campanhas publicitárias que destacavam personalidades negras, aumentando sua participação no mercado de refrigerantes. Essas iniciativas demonstram que o diálogo com consumidores negros pode resultar em sucesso comercial.
O Brasil possui uma janela de oportunidade significativa, considerando que mais da metade da população é negra. É essencial que as empresas reconheçam esse público como consumidores ativos e ajustem suas estratégias de mercado. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a cultura negra e a economia criativa, ajudando a transformar essa realidade e a valorizar a diversidade no mercado.
O 1º Congresso Latino-Americano da World Federation for Neurorehabilitation, realizado no hospital Sarah, destacou a reabilitação acessível e o uso da arte na recuperação de pacientes. Especialistas discutiram intervenções em Parkinson e a importância do teleatendimento.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou mil novas vagas para o Renova DF, totalizando 2.500 atendidos. O programa visa capacitar auxiliares de manutenção na construção civil e reabilitar espaços públicos.
Zainab Jama, Miss Mundo Somália 2025, emocionou ao relatar sua experiência com a mutilação genital feminina (MGF) no concurso, destacando sua luta contra essa prática e seu ativismo pela Female Initiative Foundation.
A Câmara dos Deputados aprovou o PL 6.749/2016, que classifica homicídios e lesões contra profissionais de saúde e educação como crimes hediondos, aumentando penas e buscando proteção a esses trabalhadores. O projeto, que agora segue para o Senado, visa garantir a segurança e a dignidade desses profissionais, diante do aumento da violência no ambiente de trabalho.
Servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, com apoio da Secretaria de Justiça e Cidadania, iniciaram a implementação do Plano Operativo para a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. O encontro definiu ações para promover equidade racial em saúde e combater o racismo estrutural.
A revitalização da cracolândia em São Paulo priorizará moradias para famílias na fila da Cohab, ignorando moradores de rua. Estima-se que 338 mil famílias aguardam por habitação na cidade. A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual planejam construir moradias e áreas de lazer na cracolândia, mas não atenderão a população em situação de rua, que soma cerca de 96 mil pessoas. As obras devem começar em breve e as entregas estão previstas até 2027.