A Fiocruz lançará, no dia 9, a primeira cartilha mundial que aborda a representação racial de pessoas com síndrome de Down, elaborada de forma participativa e gratuita. O material visa combater a invisibilidade e as barreiras enfrentadas por essa população, especialmente entre os grupos negros.
No Brasil, aproximadamente 300 mil pessoas vivem com síndrome de Down, sendo que mais da metade delas se identifica como pretas ou pardas. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançará, no dia 9 de agosto, uma cartilha inovadora que é a primeira no mundo a abordar a representação racial desse grupo. O material visa combater a invisibilidade das pessoas negras com síndrome de Down e destaca a interseccionalidade entre capacitismo, raça, gênero e pobreza.
A cartilha foi desenvolvida de forma participativa, com a colaboração de pessoas com deficiência intelectual, e é apoiada pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down. O conteúdo abrange desde os direitos das pessoas com síndrome de Down até as diferentes fases da vida, como infância, adolescência, vida adulta e velhice. A tiragem inicial será de dez mil exemplares, que serão distribuídos gratuitamente.
Laís Silveira Costa, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), coordenou o projeto e enfatiza a importância de racializar a cartilha. Segundo ela, essa abordagem é um passo significativo para corrigir a ausência histórica de representatividade das pessoas pretas com síndrome de Down nas publicações sobre o tema. A cartilha inclui imagens validadas por pessoas com deficiência intelectual, garantindo que a comunicação seja acessível e relevante.
O lançamento ocorrerá na ENSP, com a participação de Ana Carolina Silva Bandeira, uma das coautoras da publicação e mulher com síndrome de Down. A iniciativa busca não apenas informar, mas também empoderar as vozes das pessoas com deficiência, promovendo uma maior inclusão e visibilidade no debate sobre direitos e representatividade.
Além de ser um recurso educativo, a cartilha representa uma luta contra as barreiras que dificultam o acesso a direitos básicos para pessoas com deficiência, especialmente aquelas que pertencem a grupos racializados. A ação da Fiocruz é um exemplo de como a pesquisa e a prática podem se unir para promover mudanças sociais significativas.
Iniciativas como essa precisam do apoio da sociedade civil para se expandirem e alcançarem mais pessoas. A união em torno de causas que promovem a inclusão e a diversidade pode fazer uma diferença real na vida de muitos. O fortalecimento de projetos que visam a valorização e a representação das minorias é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Vini Jr., eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA, apresenta o filme infantil "Clarice Vê Estrelas" no Marché du Film em Cannes, promovendo inclusão e combate ao racismo. A produção, que narra a jornada de autodescoberta de uma menina, é a primeira apoiada pelo Instituto Vini Jr. e destaca o Brasil como país homenageado no festival.
Durante o evento Negritudes Globo, Erika Januza compartilhou sua luta contra uma crise financeira em 2016, quase desistindo da carreira. Ela enfatizou a importância de inspirar mulheres negras no audiovisual.
Avanços na transposição do Rio São Francisco prometem transformar a realidade hídrica do Nordeste, beneficiando milhões com irrigação e abastecimento em diversos estados. O governo destaca a importância do projeto para o desenvolvimento da região.
Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, receberá o título de doutora honoris causa da Uerj, a primeira honraria desse tipo a uma pessoa indígena no Brasil, em reconhecimento ao seu ativismo e contribuição cultural. A cerimônia será aberta ao público no Teatro Odylo Costa Filho, no dia 28.
Governo do Distrito Federal intensifica ações contra a violência de gênero com novos programas e campanhas. Secretários se reuniram com a ouvidora do CNJ para fortalecer políticas de proteção às mulheres.
Ministro Alexandre de Moraes exige ações da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo contra abusos na Cracolândia, após denúncias de violência da Guarda Civil e despejo de espaço cultural.