O livro "Fire in the South American Ecosystems" revela o papel positivo do fogo na biodiversidade sul-americana, desafiando a visão tradicional de destruição. Organizado por Alessandra Fidelis e Vânia Pivello, a obra reúne 56 autores e propõe novas políticas públicas para o manejo do fogo, destacando saberes indígenas e a necessidade de integrar conhecimento científico e cultural.

O livro Fire in the South American Ecosystems (Fogo nos Ecossistemas Sul-Americanos) revela que o fogo pode ser um aliado na conservação da biodiversidade em certos ecossistemas da América do Sul. Organizado pelas ecólogas Alessandra Fidelis, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Vânia Pivello, da Universidade de São Paulo (USP), a obra reúne a contribuição de cinquenta e seis autores de diversas instituições da América do Sul e Europa, abordando a relação do fogo com diferentes ambientes, como florestas, savanas e áreas úmidas.
O livro destaca que, historicamente, o fogo foi associado a desastres naturais, mas para comunidades indígenas e tradicionais, ele é uma ferramenta de manejo e sobrevivência. Alessandra Fidelis enfatiza que o objetivo da obra é reunir o conhecimento acumulado sobre o uso do fogo, que ainda é um tema controverso. O prefácio, escrito por William Bond, professor emérito da Universidade da Cidade do Cabo, ressalta a importância do fogo em ecossistemas dominados por gramíneas altamente inflamáveis, como as do Cerrado.
Um dos capítulos do livro foca nos usos tradicionais do fogo, revelando um rico conhecimento empírico que tem sido incorporado a políticas públicas em países como a Bolívia. Vânia Pivello alerta que a exclusão total do fogo pode causar mais danos do que benefícios, resultando em adensamento florestal e perda de espécies adaptadas ao fogo. O uso criterioso de queimadas é defendido como uma prática necessária para a manutenção da biodiversidade.
O livro também analisa como as mudanças climáticas e o desmatamento têm alterado os regimes de fogo, aumentando a frequência e a intensidade dos incêndios em áreas antes protegidas. Pesquisadores de instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) discutem os impactos dessas mudanças no capítulo intitulado Fire in the Anthropocene.
No capítulo final, as organizadoras e outros autores sintetizam os desafios e oportunidades para o manejo do fogo, propondo uma agenda que inclui o reconhecimento da diversidade ecológica e cultural dos regimes de fogo, a integração do conhecimento científico com saberes tradicionais e a elaboração de políticas públicas flexíveis.
O livro representa um avanço na pesquisa sobre o uso do fogo na América do Sul, buscando ampliar o acesso ao conhecimento produzido na região. Essa iniciativa pode inspirar a sociedade civil a apoiar projetos que promovam a conservação e o manejo sustentável dos ecossistemas, contribuindo para um futuro mais equilibrado e sustentável.

A Defesa Civil Nacional iniciou uma missão técnica para implementar o Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem na Amazônia Legal e Pantanal, promovendo oficinas em dez estados afetados pela seca. A ação visa alinhar esforços entre órgãos federais e locais, abordando a intensa estiagem que causa escassez hídrica e incêndios florestais.

Emissões da produção de carne bovina no Brasil superam limites climáticos. Estudo revela que, até 2030, o setor pode emitir até 0,63 GtCO2e, muito acima da meta de 0,26 GtCO2e, com perdas potenciais de até US$ 42,6 bilhões.

Audiência pública em 16 de agosto definirá novas Unidades de Conservação na Baixada de Jacarepaguá, visando a proteção ambiental e gestão do Corredor Azul, com quatro áreas propostas. A iniciativa busca enfrentar desafios de urbanização e ocupações irregulares.

Um ano após as enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul enfrenta a devastação de 1,28 milhão de hectares, com projetos de recuperação da flora nativa em andamento. A UFRGS identificou 15.376 cicatrizes de movimentos de massa.

Pesquisadores da Coppe alertam que, até 2100, o mar pode avançar mais de 100 metros na costa do Rio de Janeiro, com um aumento do nível do mar de 0,78 metro, intensificando a erosão e inundações.

A cantora Daniela Mercury se manifestou contra os leilões de áreas verdes em Salvador, pedindo ao prefeito Bruno Reis reflexão sobre a preservação ambiental. Anitta já havia protestado anteriormente.