Despesas do Ministério da Saúde com medicamentos por ordens judiciais atingem R$ 2,73 bilhões em 2024, com preocupações sobre novos tratamentos, como o Elevidys, e a judicialização crescente. O governo busca alternativas para controlar gastos, mas enfrenta desafios com a judicialização e a necessidade de acesso a terapias caras e experimentais.

As despesas do Ministério da Saúde com medicamentos fornecidos por ordens judiciais atingiram R$ 2,73 bilhões em 2024, refletindo um aumento contínuo desde 2022. O governo Lula expressa preocupação com o crescimento exponencial dos gastos, especialmente com a introdução de novas terapias. Em 2022, o ministério desembolsou R$ 1,8 bilhão, cifra que subiu para R$ 2,24 bilhões em 2023, representando um aumento de 50% entre 2022 e 2024.
Um dos medicamentos que mais preocupa é o Elevidys, uma terapia genética para distrofia muscular de Duchenne, que custa R$ 14,6 milhões. Apesar da suspensão do registro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) devido a incertezas sobre sua segurança, o ministério é obrigado a adquiri-lo por decisões judiciais. Estima-se que o custo para atender todos os pacientes com ações na Justiça chegue a R$ 3 bilhões.
Antoine Daher, presidente da Febrararas (Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras), aponta que a judicialização ocorre devido à demora do ministério em fornecer medicamentos já aprovados. Ele destaca que os pacientes buscam alternativas no SUS (Sistema Único de Saúde) e, ao não encontrarem, recorrem à Justiça. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, reconhece que a chegada de terapias de alto custo torna o impacto orçamentário imprevisível.
O ministério também firmou acordos de compartilhamento de risco para medicamentos caros, como o Zolgensma, utilizado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1. Esses contratos condicionam o pagamento ao resultado da terapia, permitindo negociações de preços e coleta de dados sobre os tratamentos. Contudo, Daher ressalta que a falta de centros especializados ainda é um obstáculo significativo.
Recentemente, o ministério rejeitou um pedido da farmacêutica Roche para fornecer o Elevidys regularmente no SUS, citando incertezas sobre sua eficácia e segurança. O relatório da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) indicou que os benefícios clínicos não superam os do tratamento convencional, além de prever um impacto financeiro de R$ 9,3 bilhões em cinco anos caso o pedido fosse aceito.
Neste cenário, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem pacientes a obter acesso a tratamentos essenciais. Projetos que visem arrecadar fundos para essas causas podem fazer a diferença na vida de muitos que dependem de medicamentos ainda não disponíveis na rede pública.

Morte de criança após desafio viral expõe falhas na cobertura da mídia e responsabilidade das plataformas digitais. A tragédia de Sarah Raíssa, de 8 anos, levanta questões sobre a influência das redes sociais e a necessidade de políticas públicas que responsabilizem as empresas por conteúdos nocivos.

Entre janeiro e abril de 2025, o Distrito Federal registrou 655 transplantes, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior, destacando-se como referência nacional na área. A Central Estadual de Transplantes coordena a logística complexa, que depende da doação de órgãos, essencial para salvar vidas.

A carga global do acidente vascular cerebral (AVC) cresce, especialmente entre jovens. Estudo do Global Burden of Disease revela aumento de casos e mortes, destacando obesidade como fator crítico.

Com a cobertura vacinal contra a gripe em apenas 35,96%, o Brasil enfrenta um surto de influenza, com 15 estados em alerta para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Especialistas alertam sobre a gravidade da situação, com quase 75% das mortes recentes atribuídas à cepa influenza A.

O Sistema Único de Saúde (SUS) incluirá o DIU hormonal como tratamento para endometriose, beneficiando mulheres que não podem usar anticoncepcionais combinados. A medida, aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), deve ser implementada em até 180 dias.

Em 2024, o Brasil registrou um aumento de 54,5% nos casos de hepatite A entre adultos, com 1,7 diagnósticos a cada 100 mil habitantes, devido a relações sexuais sem proteção. O Ministério da Saúde destaca a eficácia da vacinação infantil, que reduziu em 99,9% os casos na faixa etária de 0 a 9 anos desde 2014.