Estudo inédito sequencia DNA de 2.723 brasileiros, revelando 78 milhões de variantes genéticas, muitas desconhecidas, que podem impactar saúde e medicina personalizada no país. Pesquisadores destacam a importância da diversidade genética.
Um estudo recente sequenciou o DNA de dois mil setecentos e vinte e três brasileiros, revelando setenta e oito milhões de variantes genéticas, muitas das quais desconhecidas. Essa pesquisa, publicada na revista científica Science, pode impactar a saúde e a medicina personalizada no Brasil. A geneticista Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), destaca que a diversidade genética do país foi subestimada em estudos anteriores, que focavam principalmente em populações do hemisfério Norte.
O projeto, iniciado em 2019 com apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde, enfrentou atrasos devido à pandemia de Covid-19. Os pesquisadores encontraram quase nove milhões de variantes sem registro em bancos de dados, evidenciando a riqueza genética da população brasileira, que inclui ancestrais africanos e indígenas. A pesquisa também revela que a linhagem paterna é predominantemente europeia, enquanto a linhagem materna apresenta uma mistura significativa de ancestralidade africana e indígena.
A colonização e a escravidão tiveram um impacto profundo na estrutura genética do Brasil. A historiadora Maria Helena Machado ressalta que as mulheres indígenas e africanas foram duplamente escravizadas, servindo como trabalhadoras e reprodutoras. Essa violência histórica moldou a composição genética atual, refletindo a realidade de uma miscigenação não consensual. A pesquisa também destaca a diversidade de etnias africanas, que foram forçadas a conviver em um mesmo espaço, resultando em um amálgama cultural único no Brasil.
Além disso, a pesquisa identificou variantes genéticas associadas a doenças como câncer e disfunções metabólicas. A geneticista Kelly Nunes, que participou da análise, afirma que essas descobertas podem ser extrapoladas para outras populações não amostradas, especialmente na África. Os resultados indicam que a seleção natural afetou genes relacionados à fertilidade e à resposta imunológica, refletindo a adaptação da população brasileira a diferentes agentes patogênicos ao longo da história.
A medicina personalizada, que atualmente se baseia em dados de populações com ancestralidade europeia, pode se beneficiar enormemente dessas novas informações. O projeto Genomas Brasil, que inclui outras iniciativas como o Genoma-SUS, visa ampliar a amostragem e melhorar o diagnóstico de doenças genéticas. O cardiologista Alexandre da Costa Pereira, do Instituto do Coração (Incor), enfatiza a importância de identificar variantes associadas a doenças para um tratamento mais eficaz.
Com a ampliação do conhecimento sobre a diversidade genética brasileira, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar projetos que visem a saúde e o bem-estar da população. A união em torno de iniciativas que promovam a pesquisa e a medicina de precisão pode fazer a diferença na vida de muitos brasileiros, especialmente aqueles que enfrentam desigualdades no acesso à saúde.
O aumento nos diagnósticos de autismo infantil reflete uma melhor compreensão social e clínica, segundo o professor José Vicente Montagud Fogués. Ele destaca a importância de ambientes inclusivos e políticas públicas adequadas.
O Palácio Gustavo Capanema reabre no dia 20 após seis anos fechado, com 60% das instalações abertas ao público, destacando sua importância cultural e administrativa. A ministra Margareth Menezes enfatizou a relevância do espaço, que também abrigará órgãos públicos.
Lucas Kallas, fundador da Cedro Mineração, projeta um crescimento significativo na produção de minério de ferro, com metas de 20 milhões de toneladas anuais até 2028 e investimentos de R$ 3,6 bilhões em infraestrutura.
Família de criança que faleceu após desafio viral no TikTok inicia vaquinha para funeral. Polícia investiga acesso ao desafio e pode responsabilizar criador por homicídio qualificado.
Inscrições para a segunda edição do Laboratório de Inovação em Vigilância em Saúde (LIS-VIG) foram prorrogadas até 6 de junho de 2025, focando em experiências na Amazônia Legal e no Rio Grande do Sul. A OPAS, em parceria com Conass e Conasems, busca fortalecer ações de vigilância em saúde por meio de soluções inovadoras.
A Globo substituirá a Tela Quente pelo programa Falas da Terra nesta segunda-feira (21). O novo formato, apresentado por Dira Paes e Xamã, discute questões indígenas e ambientais, abordando temas como preservação e demarcação de terras.