A Lei 14.542, sancionada em abril de 2023, destina 10% das vagas do Sine para mulheres vítimas de violência doméstica, mas ainda não foi implementada, gerando cobranças de especialistas e políticos.
A Lei 14.542, sancionada em abril de 2023, estabelece que mulheres vítimas de violência doméstica terão prioridade no atendimento pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), com a reserva de dez por cento das vagas disponíveis. Apesar da sanção, a implementação da lei ainda não ocorreu, gerando preocupações entre especialistas e políticos sobre a urgência de sua efetivação, especialmente em um contexto onde a violência contra a mulher é alarmante no Brasil.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mais de um terço das mulheres brasileiras relataram ter sofrido algum tipo de agressão nos doze meses anteriores à pesquisa. A situação é ainda mais crítica, pois em quarenta por cento dos casos, os agressores eram cônjuges ou companheiros, e em cinquenta e sete por cento, os ataques ocorreram no ambiente doméstico.
A vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia, enfatiza a importância da autonomia financeira para mulheres em abrigos, muitas vezes acompanhadas de filhos. A lei poderia facilitar a reintegração dessas mulheres ao mercado de trabalho, oferecendo uma saída para o ciclo de violência. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), autor do projeto, tem pressionado o governo para que a lei seja colocada em prática, destacando a necessidade de ações concretas para ajudar as vítimas.
O Ministério das Mulheres e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) estão em discussões para integrar bases de dados que possibilitem a identificação e intermediação desse público. No entanto, a falta de ação efetiva gera frustração entre aqueles que lutam pela causa. A implementação da lei é vista como uma medida crucial para garantir que as mulheres tenham acesso a oportunidades de trabalho e, consequentemente, possam se libertar de situações de violência.
As estatísticas revelam que, em muitos casos, as mulheres são desencorajadas a trabalhar ou estudar por seus parceiros, o que agrava ainda mais a dependência financeira. A falta de autonomia é um fator que contribui para a permanência em relacionamentos abusivos. Portanto, a implementação da Lei 14.542 é uma questão de urgência social e deve ser tratada com a seriedade que merece.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar mulheres em situação de vulnerabilidade e promover sua autonomia financeira são essenciais. A mobilização em torno dessa causa pode ajudar a transformar a realidade de muitas mulheres que enfrentam a violência doméstica, oferecendo a elas novas oportunidades e esperança de um futuro melhor.
O filme "Manas", de Marianna Brennand, foi premiado no Festival de Veneza 2024, destacando a atuação de Jamilli Correa e a sensibilidade ao abordar a vulnerabilidade de meninas na Ilha do Marajó. A produção, que retrata a realidade de Marcielle e suas dificuldades, equilibra a denúncia de abusos com uma narrativa que evita a violência explícita, recebendo elogios pela força dramática e envolvimento do elenco.
Goiás se destaca ao aprovar a primeira lei de inteligência artificial do Brasil, promovendo código aberto, energia renovável e ensino nas escolas, visando autonomia tecnológica e competitividade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Waldez Góes ativaram o Defesa Civil Alerta em quatro cidades do Rio Grande do Norte, com previsão de operação em toda a região Nordeste a partir de 18 de junho. O sistema, que já foi testado em 11 municípios, enviará mensagens emergenciais via celular, garantindo alertas mesmo em modo silencioso.
A Companhia Mungunzá, importante grupo de teatro em São Paulo, recebeu notificação da Prefeitura para desocupar o Teatro de Contêiner até 9 de junho, visando um novo programa habitacional, gerando críticas sobre gentrificação.
A Aneel deve aprovar mudanças na tarifa social de energia elétrica, com desconto integral para consumo de até 80 kWh/mês e novos benefícios para famílias com renda entre meio e um salário mínimo. As alterações visam ampliar o acesso a descontos e aliviar a conta de luz para consumidores de baixa renda, com implementação prevista para julho.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, anunciou a ampliação das obras da transposição do Rio São Francisco, visando dobrar a oferta de água no Nordeste. O projeto inclui novas barragens e sistemas de dessalinização, reforçando a segurança hídrica e o desenvolvimento econômico da região.