Governo federal enfrenta resistência ao regulamentar a educação a distância, com petição contra decreto já com 8 mil assinaturas. O setor privado teme aumento de mensalidades e restrições ao acesso ao ensino superior.
O governo federal está elaborando um decreto para regulamentar a educação a distância (EAD) no Brasil, o que gerou preocupações no setor privado, que representa a maior parte das matrículas. A proposta, que ainda não foi divulgada em sua versão final pelo Ministério da Educação (MEC), tem gerado reações negativas, especialmente entre instituições de ensino superior que se sentem excluídas do processo de formulação das normas.
Uma petição contra o decreto já conta com cerca de oito mil assinaturas e inclui nomes influentes do setor, como o empresário Janguiê Diniz. O MEC, por sua vez, afirma ter realizado consultas públicas e ouvido especialistas, mas a falta de transparência sobre o conteúdo final do decreto tem gerado descontentamento. A expectativa é que a versão final seja divulgada ainda este mês.
Entre as mudanças propostas, estão a criação de uma nova modalidade de ensino semipresencial, a inclusão de regras para atividades síncronas e assíncronas, e a obrigatoriedade de provas presenciais. Especialistas reconhecem a necessidade de uma melhor regulação no setor, mas alertam que as novas regras podem dificultar o acesso ao ensino superior, especialmente para a população de baixa renda.
A petição destaca que as medidas em discussão podem impactar até cinco milhões de alunos, aumentando as mensalidades em até 45%. O professor João Vianney, um dos organizadores da petição, critica a exigência de um número limite de alunos para atividades síncronas, afirmando que isso pode inviabilizar a operação de muitas instituições e prejudicar o acesso à educação.
O manifesto da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) também expressa preocupações sobre as restrições propostas, que podem afetar cursos essenciais, como os de saúde e licenciatura. O presidente da Abed, João Mattar, ressalta que a falta de clareza sobre as novas exigências e seus impactos é alarmante, especialmente em um momento em que a formação a distância é crucial para atender a demanda em diversas áreas.
Com a situação em andamento, a união do setor educacional e da sociedade civil é fundamental para garantir que as vozes dos interessados sejam ouvidas. Projetos que visem apoiar a educação e a inclusão social podem ser essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas novas regulamentações e garantir que todos tenham acesso a uma educação de qualidade.
O governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas, considera fechar metade dos cursos da Univesp devido à incapacidade de atender às novas exigências do MEC, afetando mais de 51 mil alunos. A Univesp não consegue garantir a carga horária presencial exigida, o que pode tornar o acesso ao ensino superior mais elitista.
A Unicamp lançou quatorze cursos online gratuitos na Coursera, abrangendo saúde, educação e logística, com opção de certificado mediante taxa. Acesso livre e flexível para todos.
O Ministério da Educação (MEC) anunciou a primeira chamada do ProUni 2025.2, com 211.202 bolsas disponíveis. Candidatos selecionados têm até 18 de julho para comprovar informações e a segunda chamada será em 28 de julho.
Inscrições para o Prouni 2025 começam em 30 de junho, com mais de 211 mil bolsas disponíveis para estudantes de baixa renda que participaram do Enem de 2023 ou 2024. O programa visa ampliar o acesso ao ensino superior.
Inaugurado o CEU Rei Pelé, primeiro sustentável de São Paulo, com segurança e conectividade. A Prefeitura de São Paulo inaugurou, em 10 de abril, o CEU Rei Pelé, destacando-se como o primeiro Centro Educacional Unificado sustentável da capital. Localizado em Itaquera, o CEU oferece infraestrutura moderna, segurança reforçada com 199 câmeras e alta conectividade. A unidade conta com 49 salas educacionais, incluindo laboratórios e espaços multiuso, e homenageia Pelé e Ruth de Souza. Este é o primeiro equipamento entregue por meio de uma Parceria Público-Privada, que prevê a construção de mais quatro unidades na região. O CEU utiliza recursos sustentáveis, como captação de água da chuva e energia renovável, contribuindo para a economia e o desenvolvimento comunitário.
Universidades públicas, como USP, Unicamp e Unesp, disponibilizam conteúdos gratuitos online para auxiliar estudantes na preparação para vestibulares e Enem, oferecendo videoaulas e provas anteriores. Essas iniciativas visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir os custos da preparação.